Pesquisar neste blogue

Mostrar mensagens com a etiqueta contingência humana. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta contingência humana. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

A contingência humana…

Morre-se assim. Morreu a cantora de 21 anos, Sara Carreira, num desastre de viação. Não temos domínio sobre a nossa vida. A comoção é geral, porque ela, tal como toda a família, era uma figura pública.

Desde do primeiro comunicado a imprensa, pediram respeito e privacidade, quiseram que o velório e o funeral fossem privados. Entendo isso. Deve respeitar-se em absoluto a vontade da família. A dor é indiscritível, não se pode, nem se sabe, falar de tamanho sofrimento.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Sobrevivência, dez anos depois do Tsunami


Dez anos depois do Tsunami, quando a tragédia volta aos meios de comunicação, ouvimos histórias de sobrevivência, verdadeiramente incríveis. O sentido da sobrevivência, algo da ordem do instinto, ultrapassa a racionalidade e coloca-nos num limite que não imaginamos possível. Talvez, nada leve tão longe a capacidade de superação, de resistência e de sofrimento, como a luta por continuar a respirar, a alimentar-se, a permanecer à superfície…, mesmo que o amanhã seja de perdas, lutos e nódoas negras.
É certo que, passado tempo, já sem a dor inicial, a dominar os dias, ganha-se força para enfrentar o caminho, sair de casa, cumprimentar os vizinhos, ir trabalhar, entrar no supermercado, passear no jardim…, como se nada fosse, como se não existissem marcas. Ainda que, em muitos casos, uma dor silenciosa, de aceitação, longe da rutura e do abismo dos primeiros instantes, continue lá no mais profundo de cada um.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

A contingência humana

Todos os telejornais têm do mesmo: acidentes, mortes inesperadas… A certeza da morte deveria levar-nos a pensar no fundamental da condição humana: a contingência do viver.
Devíamos aprender desde pequenos  que estamos de passagem, e este pode ser o último dia, hora, minuto, segundo…
Palavreado cristão, etc., etc. Talvez, mas, no caso, é apenas bom senso.  Acumular riqueza, construir bancos, sistemas financeiros, com uma volatilidade tal que nos estonteia e que ninguém percebe ou controla, e não olhar para o essencial, não pode ser caminho para a humanidade.

Regressemos ao essencial, ao simples, ao olhar, em primeiro lugar, para o lado; resgatemos a proximidade com o outro; deixemos de nos estranhar uns aos outros. Terrível indiferença!