Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Soledad Bravo - uma artista venezuelana

Nasceu em 1943, em Logronho, Espanha, onde viveu até aos sete anos. Tem uma voz que impressiona. Canta poetas, folclore, revoluções..., diferentes géneros de música.
Descobri-a, há muito mais de trinta anos, numa rádio espanhola e comprei vários CD’S. Ouvia-os, em silêncio, concentrada, como se fossem uma iniciação à liberdade, à justiça, ao amor, à vida, ao comprometimento, à política..., numa América Latina, cheia de latifundiários e oligarcas, onde as revoluções faziam sentido.
Mas, tudo desmoronou; a revolução fez-se morte, sangue, pobreza, miséria, dor profunda… Por que falharam as revoluções? O que fizeram os revolucionários? Por que traíram o povo?
Soledad Bravo já não canta canções revolucionárias, não esteve com Chaves nem está com Maduro; continua, como pode, a lutar por uma Venezuela livre. Descubram-na no Youtube e  confirmem o que digo.    

segunda-feira, 20 de maio de 2019

A importância de votar nas europeias


Muita gente está desencantada com a política e sobretudo com os políticos; não vai votar, por falta de consciência política, mas por falta de confiança nos protagonistas do costume (segundo as sondagens, nenhum dos pequenos partidos elegerá deputados). A abstenção atinge, por isso, percentagens elevadas.
Mesmo, compreendendo que há razões para esta desconfiança, participar impõe-se quase como um dever de consciência; pois, o viver em comum, com instituições justas e democráticas, nesta União Europeia tão fragmentada e tão atreita a deixar crescer os radicalismos políticos, depende das escolhas que todos os cidadãos dos diferentes países forem capazes de fazer.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

Os atos terroristas no Sri Lanka


Há pouco mais de três semanas, houve, no Sri Lanka, 253 mortos, levados a cabo por 7 fundamentalistas islâmicos que se fizeram explodir, em quatro hotéis de luxo e em três igrejas católicas. 
Parece o desumano à solta, e o pior é que o fazem em nome de Deus. É tão irracional esta intolerância! É tão triste esta desumanidade! Não aprendemos nada, não aprendemos o mínimo dos mínimos: ver no outro um semelhante, independentemente de quais sejam as diferenças. Nos últimos tempos, retrocedemos em direitos fundamentais, como seja a liberdade religiosa.



domingo, 12 de maio de 2019

As eleições europeias


À porta das eleições europeias, a 26 de maio, sucedem-se os debates entre os candidatos. Temo que sem a atenção devida, pois, é muito o que está em jogo, quando muita da nossa vida é decidida em Bruxelas e Estrasburgo.
A União Europeia é composta por 28 países (ainda com a Grã-Bretanha), que elegem 751 deputados (21 são portugueses), muitas vezes, com interesses divergentes ou até contraditórios. As questões da migração, das alterações climáticas, da privacidade dos cidadãos, da corrupção, das ameaças reais à democracia, com derivas extremistas, em muito países, parecem não ter uma resposta satisfatória, o que faz com que muita gente se afaste da participação.


quinta-feira, 9 de maio de 2019

A demografia em Portugal

No país, a demografia é um dos mais graves problemas. Somos cada vez menos: 10 milhões e trezentos mil no censo de 2017. Uma população cada vez mais envelhecida, para cada 100 jovens há 153,2 idosos. 
Existe um decréscimo na natalidade acentuado, com uma previsão de que, daqui a quarenta anos, seremos menos dois milhões. Se isto não é uma preocupação séria para os políticos, não sei o que seja! 

terça-feira, 7 de maio de 2019

Reis e rainhas

Quando, há poucos dias,  o imperador do Japão abdicou a favor do filho e um novo rei na Tailândia foi coroado, pensei na quase irracionalidade que vejo nesta forma de poder. Não encontro razões para alguém, vindo de uma determinada linhagem, poder ser rei ou rainha. A democracia devia ser antimonárquica.
O rei pode ser a melhor pessoa, ter todos os méritos, indiscutíveis qualidades, carisma, tudo mais e melhor do que qualquer possível presidente, mesmo assim, não parece justo que alguém nasça para ser rei.
Sou contra esta ideia de que o rei  tem um poder quase divino,  não falha; é Deus no céu e o rei na terra (de resto nas monarquias o rei é também o chefe da igreja). 


sábado, 4 de maio de 2019

Lá longe, um país sentido (2)

O barco navega, às vezes depressa, às vezes devagar, afastando-se, mais e mais, até, de repente, desaparecer. Já não vejo o barco, nem quem o conduzia, desapareceram. Surge, como por encanto, um grande jardim, um campo de flores brancas ou, melhor, quase brancas, a puxar para  um dourado claro, muito claro!

O sol brilha, intensamente; tudo resplandece, tudo se liga, como se o tempo contasse de outro modo e as vidas decorressem de outra maneira. É assim, lá longe, no fundo de um vale, a minha aldeia. Pessoas conversando, meninos correndo...,  um lugar a que pertenço, mesmo que a vida me leve para outros mundos e outros lugares.