Pesquisar neste blogue
terça-feira, 14 de abril de 2015
Um grito pelas meninas nigerianas raptadas, um grito pela educação
Faz um ano que as 276 meninas nigerianas foram raptadas pelo Boko Haram, esse grupo extremista, que, como todos os outros da mesma natureza, entende que o Islão proíbe a educação das mulheres. Destas, menos de cem foram libertadas, as outras continuam prisioneiras e escravas. Querem as mulheres em casa, analfabetas, submissas, menores..., como se nada se tivesse passado depois de tantos séculos de pensamento humano.
Etiquetas:
direitos das mulheres,
Educação,
extremismo islâmico
domingo, 12 de abril de 2015
Ligados, quando a tecnologia se impõe
Estamos cada vez mais ligados. A
quê? A quem? De que modo? Andar ligado é comum, todos estão ligados a alguém,
mesmo os mais desligados têm um telemóvel no bolso, para no caso de ser preciso.
Observo a senhora que fala ao telefone
com a filha, ao mesmo tempo que fala com a empregada da charcutaria que a
atende; fala de coisas aparentemente sérias, de assuntos familiares, enquanto pede "quero 200 g de queijo, 150 g de fiambre", mais isto e mais aquilo.
Parece um mundo de
esquizofrénicos. Por todo o lado, há conversas em tom audível, tudo parece
possível, uns jogam, outros consultam a internet, outros ouvem música, outros
enviam mensagens... Todos ligados: idosos, adultos, jovens, menos jovens, crianças, muitas crianças...; estar ligado, passou a ser uma necessidade, uma
dependência. Mas por quê ? O mundo foge? Tudo é absolutamente urgente?
Vou-me calar, pois, pode acontecer que qualquer dia seja eu de telemóvel na mão a atender alguém que me telefona enquanto peço produtos na charcutaria.
Etiquetas:
Atitudes ; interrogações,
dependências,
tecnologia
sábado, 11 de abril de 2015
Anthony Hinton, a injustiça da pena de morte
Anthony Hinton foi libertado dia 3 de
Abril. Esteve vinte e nove anos no corredor da morte, no Estado do Alabama, USA.
Foi condenado pelo assassínio de duas pessoas, que afinal não tinha morto, pois
comprovou-se agora que a arma encontrada em sua casa não tinha o mesmo calibre
da que assassinou aquelas pessoas.
Vinte e nove anos roubados, mais do que
isso, vinte e nove anos de sofrimento e de tortura. Podemos lá imaginar o que
passaram este homem e a sua família!
A possibilidade de condenar inocentes é um
argumento forte contra a pena de morte, mas não é único. O mais decisivo é o do
direito inalienável à vida que ninguém pode tirar a ninguém, muito menos as
leis de um sistema jurídico.
Ainda assim e apesar dos erros que ocorrem
os Estados Unidos continuam a condenar pessoas à pena de morte, logo a seguir à
China, ao Irão, à Arábia Saudita e ao Iraque.
Etiquetas:
direito à vida,
pena de morte
terça-feira, 7 de abril de 2015
A violência, uma escolha ou um destino?
A violência é o maior enigma da natureza humana: por que existe o mal? Por que não somos capazes de evitá-lo? E o pior é que ninguém pode dizer que está a salvo, de um dia se tornar um assassino. Todos podemos odiar, ferir e até matar. Ou não podemos? Podemos. É este limite entre a violência e a bondade que define o humano. A liberdade é escolher entre a animalidade e a humanidade, entre a lei da selva e a civilização. A escolha é da razão e da bondade humanas. A escolha é de cada um. A violência não não é um destino.
Terror e morte numa universidade do Quénia
Mais de cento e cinquenta mortos, dezenas de feridos em estado grave, inexplicável o que se passa em tantos lugares, em que o extremismo árabe tem adeptos e grupos prontos a matar e a morrer.
É o mal em estado puro. Não me venham falar de Deus, do profeta, de religião, do que seja, não me venham falar de valores não ocidentais, de pureza e de regresso à essência do islão. Não me falem de nada, assassinos cruéis. São vocês que têm de ouvir. Aqui não há passagens, não há pontes, enquanto se mantiverem nesse obscurantismo.
É o mal em estado puro. Não me venham falar de Deus, do profeta, de religião, do que seja, não me venham falar de valores não ocidentais, de pureza e de regresso à essência do islão. Não me falem de nada, assassinos cruéis. São vocês que têm de ouvir. Aqui não há passagens, não há pontes, enquanto se mantiverem nesse obscurantismo.
Etiquetas:
extremismo islâmico,
violência; terrorismo
quinta-feira, 2 de abril de 2015
As raparigas ciganas
Aconteceu pela Páscoa (há muito tempo). Penso que seriam duas ou três
jovens mulheres ciganas, carregadas de filhos, uns ao colo, ainda bebés, e outros, também de curta idade, agarrados às longas saias. Bateram-me à porta a pedir esmola.
- Senhora dê-nos alguma coisinha,
nasceu um menino no acampamento, esta noite, e a mãe está muito mal e não temos
nada para lhe dar.
- Mas, o que posso dar?
- Podia dar-nos um bocadinho de
azeite, um bocadinho de pão, arroz ou batatas, para fazer uma miga ou uma sopa,
não temos nada.
- Não sei se tenho, vou ver.
- Pela sua saúde, pelas alminhas
que lá tem, dê-nos alguma coisa, o azeite é o que mais precisamos.
Não sei por quê, mas para mim o
pedido era verdadeiro, não me passava pela cabeça que estavam a mentir e que aquela
era mais uma estratégia de pedir esmola.
Acreditei. Fui buscar o azeite,
como já não era muito, dei-lhes a garrafa. Não tinha pão, dei-lhes algum
arroz e algumas batatas. Agradeceram e foram embora.
Fiquei a pensar, o dia todo, naquela rapariga que tinha tido um filho, em condições sub-humanas no
acampamento da beira da estrada e no perigo que corria, ela e o seu bebé. Mesmo que, naquele caso, pudesse ter sido uma história, a realidade era essa: nascer à beira da estrada, sem quaisquer condições, sem quaisquer direitos.
quinta-feira, 26 de março de 2015
Equidade
Não há organização social, leis e instituições, sem um princípio de justiça. O principio liberal - todos os indivíduos são livres e iguais - defendendo a indiscutível igualdade perante a lei, não considera as diferenças sociais e naturais dos indivíduos e, por isso, esta igualdade simples pode, em relação a determinados casos particulares, ser muito injusta.
Para tornar a igualdade perante a lei uma realidade, é necessário criar igualdade de oportunidades, diferenciando conforme as necessidades específicas de cada pessoa. Portanto, a equidade não põe em causa a universalidade das normas (a igualdade perante a lei), considera apenas que, para que essa igualdade seja possível, é preciso diferenciar positivamente.
Para tornar a igualdade perante a lei uma realidade, é necessário criar igualdade de oportunidades, diferenciando conforme as necessidades específicas de cada pessoa. Portanto, a equidade não põe em causa a universalidade das normas (a igualdade perante a lei), considera apenas que, para que essa igualdade seja possível, é preciso diferenciar positivamente.
Subscrever:
Comentários (Atom)