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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

O Principezinho... (5)

(Para terminar a viagem na terra...)

"Casas, estrelas ou desertos, é tudo a mesma coisa, o que lhes dá beleza nunca se vê”!

O essencial é invisível para os olhos (...) ficas responsável para todo o sempre por aquilo que está preso a ti”.

“ Quando nos prendemos a alguém arriscamos-nos a chorar de vez enquando” 

terça-feira, 30 de outubro de 2018

O Principezinho...(4)


No 6º planeta, seis vezes maior que os outros, o Principezinho encontra-se com um senhor de idade, escritor, geógrafo, sempre no gabinete; encontra exploradores e outras pessoas, sempre sérias e bem comportadas.
 
O 7º planeta é a terra. O Principezinho não via ninguém. Pensou: "Também se pode estar sozinho ao pé dos homens - e repetia: "Ando à procura de amigos"! 
“Os homens agora já não têm tempo para conhecer nada. Compram coisas feitas nos vendedores. Os homens, agora, já não têm amigos. Se queres um amigo prende-me a ti!”
“Só as crianças é que sabem do que andam à procura - disse o Principezinho - são capazes de perder tempo com uma boneca de trapos que, por isso, passa a ser muito importante para eles. Se alguém lha tira, desatam a chorar...”
“Os homens - disse o Principezinho - bem se encafuam dentro dos comboios, mas já não sabem do que andam à procura. Portanto, não fazem senão andar à roda... Os homens da tua terra - disse o Principezinho - plantam 5000 rosas no mesmo jardim ...e, mesmo assim, não descobrem do que andam à procura... Deve-se é procurar com o coração”

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

O Principezinho...(3)

(A viagem do Principezinho continua de planeta em planeta)


No 3º planeta, habita um bêbedo que bebe para se esquecer de que tem vergonha de beber. Como em todos os tipos de decadência humana, há uma lucidez que dói, que maltrata, que se torna insuportável e a queda é inevitável. Quando começamos a escorregar é muito difícil não cair, mesmo que façamos um grande esforço para contrariar o declive.


 No 4º planeta, habitam homens de negócios, preocupados com contas, somas e riquezas. Para que serve o dinheiro? “Para comprar outras estrelas, se alguém as descobrir, é que para o Principezinho as coisas sérias eram muito diferentes daquilo que as coisas sérias são para as pessoas grandes”.

No 5º planeta, habita um homem curioso, menos absurdo que todos os outros, era acendedor de candeeiros. “Este - pensou o Principezinho, enquanto continuava a sua viagem - seria alvo do desprezo de todos os outros: do rei, do vaidoso, do bêbedo, do homem de negócios e, no entanto, é o único que eu não acho ridículo, talvez por se interessar por mais alguma coisa para além de si próprio. O seu trabalho tem uma utilidade comum, a luz do candeeiro é para todos".



terça-feira, 23 de outubro de 2018

O Principezinho...(2)

O  Principezinho convida o leitor a viver a criança que cada um leva dentro,  parte integrante e esquecida de nós próprios e de que necessitamos para viver com ilusão, frente a um futuro incerto e a um presente que nos confunde e agride.

O livro é sobre a responsabilidade (a fidelidade a uma flor) e a amizade (que prende, que dói, que absorve, mas que realiza). Questiona os valores do mundo dos adultos como o poder, a autoridade, a vaidade, a ostentação, a marginalização, o dinheiro , a riqueza, o sentido do trabalho.




 A viagem do Principezinho


No 1º planeta, trata-se da questão da autoridade; a autoridade é o bom senso. Todos eram súbditos, as ordens eram sensatas, “só se pode exigir a uma pessoa o que essa pessoa pode dar”. Julgar-se a si próprio é o mais difícil de tudo, é bem mais difícil julgarmos-nos a nós próprios do que aos outros.
Diziam-lhe: “faço-te ministro, faço-te embaixador... as pessoas grandes são mesmo esquisitas - pensou o Principezinho que não queria poder. Só queria ver o pôr-do-sol. Como é que as pessoas grandes podem entender isto. Não entendem.

No 2º planeta, habita o homem vaidoso, tal como, aqueles que querem ser admirados, aclamados, “os vaidosos nunca ouvem senão elogios”. Questiona o que significa admirar e pensa: - “Não há dúvida de que as pessoas grandes são mesmo muito esquisitas”......

 

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry (1)

O Principezinho não entende as situações do mundo dos adultos. Vive-as a partir de si próprio: observa, questiona, escolhe e pronuncia-se. Vê tudo pelos olhos puros da criança que é. Diverte-se, sorri, proclama a sua poesia, a beleza das pessoas e das coisas, fala da ilusão que necessitamos e que não conseguimos, por excesso de sensatez e de racionalidade, pondo em causa valores, mensagens e comportamentos.

Para ele as pessoas maiores, tão racionais e sensatas, são incapazes de compreender aquilo que só, na poesia tem razão de ser. É isso que as crianças fazem normalmente e de forma natural: deixam a emoção comandar a sua vida e a suas relações com os outros e com as coisas.

Dedica o livro a uma pessoa grande: “É meu amigo, é capaz de perceber tudo, mesmo livros para crianças. Essa pessoa mora em França e em França passa fome e frio (era  na altura da II Guerra Mundial). Gostava de dedicar este livro à criança que essa pessoa grande já foi, porque todas as pessoas grandes já foram crianças. Há é poucas que se lembram disso.”

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Brasil, prestes a eleger um ditador

O Brasil está prestes a eleger um ditador, Jair Bolsonaro. O que vai acontecer ninguém sabe, mas pressente-se o pior.  Como é que 50 milhões de pessoas votaram neste senhor? Parece incompreensível.
Dizem que muitos votos são de reação ao PT. Mas, na primeira volta havia outras alternativas, assistimos ao desmoronar dos partidos liberais do centro político. A sociedade radicalizou à esquerda e à direita. 
Bolsonaro fala de ordem, segurança, e pelos vistos esta é a primeira preocupação do povo brasileiro e com razão, sem segurança, todas as liberdades e todos os direitos ficam comprometidos. O pior que fala também  contra as minorias, as mulheres, os homossexuais, os negros, os pobres..., pondo em causa direitos básicos e anunciando soluções não democráticas . 

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Ronaldo e a americana violada

Li o artigo do Der Spiegel; parece já claro que houve, em Las Vegas, uma violação. Ronaldo violou aquela mulher, Kathryn Mayorga. Podem arranjar argumentos para muito do que se passou, mas não para isto. Espero que não haja acordo extrajudicial, que o caso vá a tribunal e que a verdade se saiba até ao final. A sobranceria que muitas vezes Ronaldo exibe, não é uma invenção e podemos ter sobre isso diferentes opiniões. Mas, aqui, trata-se de um crime, não há opiniões, há factos.