Na cidade de Charlottesville, estado da
Virginia, e em outros lugares houve manifestações neonazis, numa
linguagem e em termos que julgávamos ultrapassados: a supremacia
branca, o ultra nacionalismo... O ódio é o mesmo, contra quem é
diferente, sejam judeus, negros, ciganos...; o presidente assiste,
não toma, a tempo, a reação devida, e o problema agrava-se.
Pensamos: como podem sociedades tão
diversas viver tão desintegradas! Como podem sociedades tão
múltiplas viver como se as minorias não existissem e não tivessem
direitos!
Começamos a achar que o andar para
trás, em valores e em princípios, é uma realidade. Começamos a
achar que se instalou uma loucura qualquer que não nos deixa ver
claro e, entretanto, muitos dos que estão a salvo cuidam das suas
vidinhas, fecham as janelas e as portas, têm medo.
Mas o mesmo não pode acontecer quando
há organizações internacionais (ONU e suas Agências, Conselhos
mundiais...), com força normativa e por isso têm o dever de agir, de mostrar ações contra quem for e esteja onde estiver: na América,
na Europa, no Médio Oriente, na Ásia, onde for.