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sexta-feira, 16 de julho de 2021

A lei húngara

 A lei aprovada, recentemente, na Hungria, contra a comunidade LGBT, viola os direitos humanos.  

Sou contra essa lei, porque sou contra qualquer tipo de discriminação que não respeite o que é a liberdade individual. É esta liberdade que funda todos os direitos; se aceitamos pôr em causa este princípio, qualquer arbitrariedade é possível. É uma questão de dignidade humana.

sábado, 10 de julho de 2021

Por que falharam as revoluções?

 Diz-me, uma senhora com setenta e muitos anos:

- Ninguém me falhou mais que os revolucionários e a revoluções em que acreditei, na minha juventude, e julguei possíveis. Falharam todas. E as que resistem, já não são revoluções, são ditaduras que levaram o povo à miséria e à despersonalização (Correia do Norte, Cuba, Venezuela, China…). 

Criaram-se ideários revolucionários de liberdade, igualdade, justiça, mas os protagonistas continuaram com os mesmos sentimentos de prepotência, domínio, controlo, mesquinhez, egoísmo, exploração… não mudou a natureza dos indivíduos.

Triste realidade - penso eu - que também acreditei, e quero continuar a acreditar,  num mundo e em sociedades melhores.

domingo, 4 de julho de 2021

Amor (em vez de Alzheimer)

 Tinha reduzido a sua vida ao marido, e parecia não precisar de mais. Agora que ele ia perdendo progressivamente a memória, sentia que não suportava a dor daquela ausência, sobretudo, quando deixou de reconhecer pessoas próximas… Chegará um dia que não a reconhecerá mais. A doença é muito cruel, sente que vai perdendo as forças, mas não quer deixá-lo ir: “para o lar, ainda não” – diz, muitas vezes. Mas chegará um dia, já não muito distante, em que terá de o deixar ir. Como irá continuar a dizer: “Eu e o meu marido, eu e ele”! Como vai sobreviver a tudo, ao que eram e já não são, a tudo o que ainda têm para viver nesta penosa situação? Não sabe, pressente que o seu quotidiano, mesmo muito difícil, está desmoronar-se. Só o amor é que não. Permanece, intacto. Tornou-se até mais forte. “Amo-o tanto” – confidenciou-me. Eu sei que sim. 

(escrevi este texto, em 2016. Infelizmente, é cada vez mais atual)  

sexta-feira, 2 de julho de 2021

São muitas as ditaduras!

Parece existir uma maldade, no «subterrâneo» dos indivíduos e das sociedades que, por mais séculos de civilização e progresso científico e técnico, teima em não desaparecer. 

Aí estão os ditadores desta vida (Bielorússia, Rússia, Hungria,  Venezuela, Coreia do Norte, Filipinas, China...), uns de mansinho, outros com grande alarid; todos a mostrarem do que são capazes. 

Atualmente, segundo o relatório da Freedom House, há no mundo 49 ditaduras, assim distribuídas:

-18 na África Subsaariana,

- 12 no Oriente Médio e Norte da África

- 8 na Ásia-Pacífico,

- 7 na Europa-Ásia,

- 3 nas Américas

-1 na Europa. 

 

Como pode ser visto no gráfico abaixo (países a vermelho):

 




sábado, 12 de junho de 2021

A justiça do Tribunal Penal Internacional (TPI)

 Os criminosos de guerra e genocidas, agora, sabem que podem ser capturados, presos e julgados pela justiça internacional.  

Na guerra da Bósnia, 1992-1995, houve, em Sebrenica, o maior massacre ocorrido na Europa, depois da 2ª Guerra Mundial. Foram assassinados 8 mil homens e rapazes bósnios muçulmanos.

Para quê? Para evitar que fossem combater contra os sérvio-bósnios.

Os principais criminosos dessa guerra:

- Slobodan Milosevic, presidente da Sérvia, morreu em 2006, na cela, de ataque cardíaco, sem ter sido julgado.

- Rodovan Karadzic, líder dos sérvios da Bósnia, foi condenado a prisão perpétua em 2019.

- Ratko Mladic, o general sérvio, o chamado «carniceiro» dos Balcãs, viu confirmada e sem qualquer possibilidade de apelação, no passado dia 8 de junho de 2021, a condenação a prisão perpétua já em 2017,

 

 

terça-feira, 8 de junho de 2021

A alimentação, é a base do desenvolvimento

Os milhões de pessoas que vivem em insegurança alimentar - não têm assegurados os alimentos para mais de três dias -  mostra como tudo está errado. Coisas simples, de bom senso, poderiam ser feitas: por exemplo, se em determinada região do mundo, a base da alimentação é o milho ou o arroz, porque se hão de plantar apenas café ou biocombustíveis, produtos que exploram a mão de obra, muito mais barata, nesses países,  mas não asseguram a  alimentação diária.

 

sábado, 5 de junho de 2021

A emigração ilegal

 A emigração clandestina não começou hoje, com os milhares de africanos ilegais que tentam chegar à Europa. É velha de muitos anos, como é velha a injustiça a que povos inteiros são condenados a viver.

Todos os que testemunharam o que significava ir a salto para a França podem falar desse drama. Mas talvez as crianças o vivessem de um modo diferente, porque muitas vezes, só na manhã seguinte se davam conta que o pai já não ocupava o lugar à mesa. Daí para a frente, teriam de intuir, tentar compreender o incompreensível e viver coisas que nem sequer suspeitavam.