Um
dos males que Taylor aponta às sociedades modernas é a perda de
significados. Na verdade, temos vindo a perder as referências, antes, estáveis
(família, estado, igreja...), que nos permitiam pensar e viver de forma
coerente e sem grandes ruturas. Cada vez menos procuramos abrigo em
transcendentes, heróis e mitos que antes criavam sentido e davam segurança.
Fomos perdendo valores e construindo ilhas, muitas vezes apenas virtuais, mesmo
que vivamos vinte e quatro horas ligados a computadores e a telemóveis de
última geração. Paradoxalmente, o
acesso a tudo em tempo real cria excessos e ruídos que muitas vezes mais não
são do que incomunicação. Ora nada mais desumano.
Pesquisar neste blogue
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
sábado, 26 de dezembro de 2015
Olhar à volta, violação de direitos
Queria falar sobre o Natal, contar uma história feliz, mas só me ocorriam episódios tristes. É, assim, um mundo violento e desigual, onde todos os dias os direitos humanos são espezinhados. Por isso temos de repetir à exaustão que: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. Dotados de razão e consciência, devem agir uns com os outros em espírito de fraternidade" - 1º artigo da Declaração Universal.
Nem a dignidade nem os direitos nos são concedidos por uma qualquer vontade política, religiosa, económica ou outra; são da natureza humana, “nascemos livres e iguais em dignidade e direitos, independentemente da família, local, situação ou particularidade em que esse nascimento ocorra.
terça-feira, 15 de dezembro de 2015
Haverá algum dia paz?
A
guerra, o conflito e a luta são uma constante ao longo da história da
humanidade. Esta é uma constatação não apenas de ontem, mas de hoje mesmo – as
sucessivas mortes, os movimentos incessante de refugiados - não precisamos de
recuar muito na história, basta pensar nas barbáries do século XX (as
devastadoras consequências da bomba de Hiroxima, os Gulags dos totalitarismos
soviéticos, os campos de concentração de Auschwitz) ou mais próximo do nós as
contínuas violações aos direitos humanos que quotidianamente podemos
testemunhar, como o racismo, a xenofobia, a violência, a insegurança e, por estes dias, a multidão de refugiados que atravessa a Europa, procurando um sitio
seguro para viver.
Etiquetas:
guerra,
refugiados,
violência
segunda-feira, 14 de dezembro de 2015
A interação é o fulcro
As vidas, as origens, os percursos..., podem
ser e são muito diferentes, mas quando olhamos alguém, por mais estranho e desconhecido
que seja, em qualquer ponto da cidade ou do mundo, a expectativa que temos é a de
que se trata de alguém com autonomia, significados de vida boa, ou seja, quando sorrio, cumprimento, dirijo a palavra a alguém, espero reciprocidade. Espero que me sorriam, cumprimentem, falem... Espero poder interagir.
Etiquetas:
comunicação,
pessoas,
relação
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
A ditadura de Havana
Foram presas, ontem, dia mundial dos direitos humanos, pessoas em Havana para evitar que se manifestassem. As ditaduras são muito cobardes, não aguentam enfrentar-se com quem não lhes faça a vénia, com quem não grite revolução. Mas, pode lá haver maior revolução do que a luta pela liberdade, pelas liberdades! Às mulheres de branco e a todos os que se quiseram manifestar e não puderam a minha solidariedade. Haverá um dia em que se anunciará a morte dos ditadores (desse e de outros), mas às vezes parece tão longínquo!
Etiquetas:
ditadores,
ditadura,
liberdades civis e politicas
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
Dia Mundial dos Direitos Humanos, 10 de Dezembro
Hoje é o dia mundial dos direitos humanos. Depois do que foi o desastre da II Guerra Mundial, pensou-se que se existissem declarações, tratados e organizações mundiais que impusessem o direito internacional, a humanidade não tinha assistido ao que acabara de acontecer. A 10 de Dezembro de 1948, em Paris, é proclamada uma declaração universal para toda a humanidade. Os trinta direitos aí proclamados não perdem vigência, ao contrário, vendo o estado do mundo, mais de trinta conflitos armados, uma crise e refugiados, sírios, afegãos, eritreus, iraquianos..., que tomou umas proporções que envergonham o mundo civilizado, ganham a força de uma urgência, de uma necessidade. Espero que seja possível repensar o papel das Nações Unidas e suas Agências; espero respostas mais eficientes e mais rápidas; espero que acabe a hipocrisia dos Estados (não sei se de todos, mas de alguns certamente).
Etiquetas:
direito internacional,
Direitos Humanos,
Nações Unidas
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Reconhecimento um ideal também moral
O reconhecimento não pode ser apenas um conceito politico, reconhecer e implementar através de politicas ativas os direitos dos grupos minoritários. É preciso uma proposta de reconhecimento com fundamentos éticos, ou seja, uma ética do reconhecimento assente no dever moral de reconhecer o outro com base em conceitos de
reciprocidade e de respeito.
Subscrever:
Mensagens (Atom)