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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Lá, longe...num lugar e tempo (2)

 Passadas horas, dias ou semanas, voltaria ao texto, sabia-o, como se um oculto desejo, um apelo de redenção, mesmo passados quarenta anos, a levassem irremediavelmente a isso, desnudando-se, numa proximidade, com o que era e tinha sido, que muitas vezes a surpreendia.

Às vezes, parecia uma estrangeira para si mesma. E pensava: «Somos, todos, muito mais do que o que aparentamos ser. Habita-nos um infinito, nem sempre dizível ou fácil de dizer. Um desafio que talvez não fosse capaz de levar a cabo. Sabia-o. Eram muitas as amarras, as dúvidas e as nódoas negras.

 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Lá, longe...num lugar e tempo (1)

 Quantas vezes, Ana, imaginou histórias alegres, vidas felizes, risos contagiantes…, mas sempre, eram páginas para deitar fora. Escrever sem paisagens, sem amanheceres luminosos, entardeceres intensos, mares sem fim…, escavando vidas, interiores recônditos, lá, onde a marca é funda e teima em permanecer, não era apenas uma contingência, era uma necessidade.

Escrever sobre a perda, a morte, a exploração, a violência, a guerra…, parecia um destino – o seu destino. Aceitava-o, mesmo que tivesse, muitas vezes, de fugir dos seus abismos, fechar o computador, arrumar papéis e cadernos, sair do quarto e desligar-se de tudo, por não aguentar mais. 



sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Este confinamento não parece suficiente…

 Os números da pandemia são de tal ordem e gravidade, com hospitais em rutura, falta de pessoal médico especializado em cuidados intensivos…, que podemos ter camas aqui e ali, hospitais de campanha instalados, que tudo vai a dar um pouco ao mesmo.

É preciso não conhecer as escolas e o movimento de pessoas que implica, para pensar que se trata de “bolhas”, a salvo de tudo.  

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Aumentará o subdesenvolvimento, com a pandemia

 Será que podemos compreender, ou sequer pensar, o que se passa no mundo atual, quando o maior luxo (de muito poucos) convive com a mais profunda pobreza. E tudo continua como se nada fosse.

A pandemia criou uma urgência e uma centralidade nas nossas vidas que parece ocupar todo o espaço. Não nos damos conta, do aumento das desigualdades.

Parece que, os imigrantes clandestinos, os deslocados e refugiados de guerra, os deserdados da vida…, a quem não conseguimos garantir alimentos, a quem negamos condições mínimas de sobrevivência, se tornaram ainda mais invisíveis. 


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Pandemia, cada vez pior

Agora, até os leigos na matéria, como eu, veem que os números vão piorar muito, em Portugal. Temo mesmo ruturas, já anunciadas, neste e naquele hospital. Por mim, vou cumprir à risca o que as autoridades politicas e de saúde mandarem. 

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Bom Ano Novo

 Desejo a  todos um bom ano de 2021, em primeiro lugar a nível pessoal e familiar, mas também a nível social e global. Espero :

- Que a epidemia COVID-19, que transtornou as nossas vidas e mostrou como nada está adquirido, possa ser debelada. 

- Que os desastres naturais - o sismo que ontem atingiu a Croácia, as tempestades..., possam ter a ajuda humanitária internacional que precisam.

 - Que as guerras que podemos evitar - Síria, Iémen..., desapareçam de vez, com acordos viáveis e  ajudas sustentadas.   

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

A sabedoria prática, em Paul Ricoeur

 Muitas pessoas que me leem sabem que faço investigação na área da Ética, Direitos Humanos, Cidadania.... Deixo um artigo que acabou de sair.

http://fajopa.com/contemplacao/index.php/contemplacao/article/view/267