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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Ainda, o terrorismo em Paris

O problema parece não ter solução à vista, por mais coligações, bombardeamentos, operações policiais, prisões... , não se mudam as convicções e os comportamentos das pessoas, os ditos e não ditos das culturas de uma hora para a outra, não se mudam as mentalidades do pé para a mão, é preciso tempo, reconhecimento, educação, igualdade de oportunidades...É preciso interação.
Há tantos muros invisíveis e reais em S. Denis e  de noutros bairros que sem a denominação de  guetos mais não são do que isso. Alastra a incomunicação, adivinhamos o futuro.
 

domingo, 22 de novembro de 2015

Terror em Paris, e em todo o lado

Já escrevi tantas vezes sobre o terrorismo que quase resisto a fazê-lo de novo. Mas luto, lutamos todos, para que as cenas que vemos não se tornem banais, não se tornem algo que nos passa simplesmente ao lado, ou pior, algo que pensamos que só acontece aos outros. Vivo numa terra onde mais de setenta por cento das suas casas pertencem a pessoas de cá, que também são de lá, e que vivem na região de Paris, a primeira geração há mais de cinquenta anos. Há notícias de alguém daqui que meia hora antes tinha passado numa das ruas onde rebentaram bombas e houve mortes. Pode lá ser mais próximo o problema do terrorismo! Não pode.


terça-feira, 10 de novembro de 2015

Novo blogue

Vou passar a escrever com regularidade num novo blogue: vidasquotidianas.blogspot.com, aos que me quiserem seguir o meu agradecimento
 

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Ralf Badawi, prémio Sakarov

O Conselho Europeu atribuiu ontem o prémio Sakarov a Ralf Badawi, o cidadão saudita preso e chicoteado, até ao inimaginável, 1000 chicotadas, por ter um blog onde pensou que podia escrever livremente. Pura hipocrisia, pura demência, no reino de seiks que traficam droga, que traficam armas, que apoiam terroristas e o que mais seja e não reconhecem o direito natural que cada ser humano tem de usar o seu pensamento, a sua consciência, a sua liberdade.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Hospitalidade e direitos humanos

Quando o acolhimento é uma urgência, quando os refugiados caminham aos milhares, não é tempo de pensar em reciprocidades: o que é que eu vou ganhar das instituições europeias? O que posso exigir...? Não é tempo de jogos de interesses. A hospitalidade ou é desinteressada ou não é verdadeiramente. Se nos batem à porta, só cada um pode responder. Ninguém responde por ninguém. Posso dizer: entre, sente-se, conte-me...; ou dizer: não tenho tempo, não posso, não vou abrir, vá bater à porta do meu vizinho... 
Cada pessoa cumprirá a sua humanidade, na medida em que for capaz de romper com a reciprocidade eu-tu e de instaurar uma outra ordem: eu para o outro; eu para todos os outros. Percebemos, assim, como as noções de liberdade e de igualdade, presentes na fundamentação dos direitos humanos, dão lugar à responsabilidade por outrem e à justiça no sentido do rosto (em Lévinas). 

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Pela vida de Luaty Beirão (2)

Sei tão pouco sobre psicologia, motivações, sentimentos..., que muitas vezes por ignorância esqueço a enorme importância que  tem no comportamento humano. Não é possível reduzir tudo à razão, à justificação racional, ao argumento formal... há muitas veredas e muitas pontes na mente humana. Ainda bem que é assim, espero que a carta de amor que a mulher lhe escreveu, em total desespero, faça o seu caminho.

sábado, 24 de outubro de 2015

Pela vida de Luaty Beirão

17 ativistas angolanos, estão acusados de atos subversivos com o propósito de atentarem contra o Estado, o presidente a república... 15 foram presos quando liam e comentavam um livro escrito por um deles a partir de um original de um filósofo americano. Estão em prisão preventiva, há mais de quatro meses, quando o limite em Angola são três meses. Por isto, Luaty Beirão entrou em greve de fome há 34 dias, quer aguardar o julgamento em liberdade.
Sabe-se agora que a sua situação é muito crítica, pode a qualquer momento tornar-se irreversível. E mesmo assim parece que ninguém faz nada? Ninguém pode fazer nada? Tem de ser possível fazer alguma coisa.
É uma questão de direitos humanos, obviamente, o direito à liberdade de consciência, de pensamento, de expressão, é inalienável; mas é também uma questão política, de direitos e liberdades cívicas, então, aqueles jovens não podem querer para o seu país outro governo, outra política? Podem e devem.