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sábado, 10 de dezembro de 2022
10 de Dezembro: Dia Internacional dos Direitos Humanos
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
A urgência dos direitos humanos
Os acontecimentos mundiais a que assistimos - a guerra da Rússia contra a Ucrânia, em escalada, onde as atrocidades e os crimes contra a humanidade se multiplicam; a repressão das mulheres, no Irão; os níveis alarmantes de pobreza extrema…; as alterações climáticas que não poupam nenhum continente, país ou região - mostram à evidência como os tempos são sombrios e perturbadores.
Descremos, em quase tudo. Parece que o vasto edifício jurídico e institucional dos direitos humanos não consegue evitou que o pior da natureza humana!
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«Somos todos livres e iguais em dignidade e direitos» |
sexta-feira, 2 de dezembro de 2022
Quando a deriva é tão visível...
Com uma
aparência de desleixo, afastado de todos, deixa-se cair contra o muro.
Abandona-se, como se desistisse de tudo.
- Deixem-me,
deixem-me, deixem-me... – Gritava, ao mesmo tempo que dizia palavrões.
- Estás bem?
Sentes-te bem?
- Como posso
estar bem? Vê além a “bófia”? Vêm de carro e armados, prontos para dar porrada. Para a “bófia” todos aqui são drogados e ladrões.
- E não são,
pois não?
- Claro que
não. Há “bué” de gente que trabalha e putos que andam na escola.
- E tu andas?
- Não. Já
andei, mas não gostava, não sabia nada, era perder tempo. Quando os “cotas” foram dentro nunca mais voltei à escola.
- Os teus
pais, estão presos?
- Estão, há
“bué” de tempo....
Faz silêncio e olha-me intensamente, não sei se com raiva ou súplica, como se eu tivesse alguma coisa a ver com tudo o que estava a acontecer e pudesse ajudá-lo.
(excerto de um texto maior)
terça-feira, 29 de novembro de 2022
As manifestações no Irão
No Irão, a revolta, contra a ditadura teocrática, daqueles líderes religiosos, fundamentalistas, incapazes de diálogo e corruptos, tomou as ruas de todas as cidades, dentro e fora do país, onde vivem importantes comunidades iranianas, solidárias com o seu povo.
Apesar de
mais 300 mortos, mais de 14 mil presos e da repressão parecer não ter limites, essa
luta, iniciada por mulheres, há quase dois meses e meio (desde 16 de setembro), ganhou contornos sociais e políticos cada vez mais expressivos.
Agora, mulheres e homens perderam o medo e ganharam consciência da sua força e da legitimidade das suas reivindicações: são gente e querem viver como gente e isso implica liberdade, democracia e justiça.
quinta-feira, 10 de novembro de 2022
A COP27 – a Conferência da ONU sobre as Alterações Climáticas
A decorrer, por estes dias, no Egito. Os líderes mundiais falam de uma catástrofe humana anunciada, a níveis imprevisíveis. Já estamos a ver as consequências das alterações climáticas: inundações, degelo, aquecimento global, ondas de calor, secas…, fenómenos extremos que mostram à evidência a precariedade da vida no planeta.
Entretanto, cresce a insegurança alimentar, agravam-se ou desaparecem as condições de vida tradicionais em muitas regiões do mundo. A estes deserdados, restam as margens das grandes cidades, onde sobrevivem, muitos, sem emprego, um salário justo, o mínimo dos mínimos.
sexta-feira, 4 de novembro de 2022
O terror russo - as contínuas manobras
Acusam a
Ucrânia daquilo que eles querem fazer ou fizeram:
- Os bombardeamentos
junto à central nuclear de Zaporizhia; a sabotagem dos gasodutos; a preparação
de uma «bomba suja», para a seguir usarem armas nucleares táticas; a barragem
em Kherson minada para explodir e alagar uma vastidão de cidades, vilas e
aldeias (mais de 80); os drones que atingiram a frota do mar Negro e o corredor
de navios que transportam os cereais a países onde a fome a vida de milhões de
pessoas.
Este é o Putin,
no seu melhor, a testar as reações da comunidade internacional (o tal ocidente
a que se refere) e a mostrar-lhes: «vejam do que eu sou capaz»!
E é mesmo
capaz. Não tem limites!
Navios com cereais no Mar Negro (Foto: EPA/ERDEM SAHIN)
segunda-feira, 17 de outubro de 2022
Há expressões muito bonitas...
Quase tropecei na senhora que seguia à minha frente e, de repente, parou no passeio, naquele final de tarde quase noite.
- Desculpe, estou na vaidade - disse-me!
- De nada.
Eu que a
olhei, apenas, de relance, sigo intrigada com a expressão. Mais tarde,
recordei que estava a colocar um brinco numa orelha.
Estava
explicado. Ainda bem que a senhora «estava na vaidade», não precisamos de saber
porquê!