Ontem, celebrou-se mais um aniversário do nascimento de José Afonso (1929 - 1987). Assisti a um documentário na televisão (que já vi outras vezes), e pude de novo perceber a força daquela consciência. Zeca é um caminho, uma luz, um acreditar em sociedades justas, mesmo que todos os sonhos de justiça esbarrem com a dura realidade
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terça-feira, 3 de agosto de 2021
quinta-feira, 29 de julho de 2021
Por que quebram os atletas olímpicos?
Simone Biles, a ginasta norte americana, de 24 anos, cinco vezes medalhada (quatro medalhas de ouro e uma de bronze), nos últimos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, está vulnerável, frágil, doente, diria eu. Desistiu na final por equipas, desistiu numa final individual e foi dito que continuará com avaliações diárias, no que respeita à sua saúde mental, a ver se, numa ou outra prova, ela poderá competir. Parece-me demasiado.
Sempre
existiu pressão, ansiedade, depressão, sofrimento, pelas altas expectativas,
dos próprios, dos treinadores, de organismos e comités nacionais…; sempre houve
quem não aguentasse, conhecem-se os nomes de outros atletas que ficaram doentes.
Mas, agora, o problema tomou uma dimensão global. Alguma coisa precisa ser revista na competição, nesta permanente superação do atleta, para chegar ao pódio e ganhar uma medalha. O pior é que entre a euforia da vitória e as lágrimas da derrota, vão segundos, centímetros…, não é necessário, nem razoável, está ideia de mais e mais, que em rigor não significa nada e atormenta a capacidade física e emocional dos atletas. A perfeição a que aspiram não existe.
segunda-feira, 26 de julho de 2021
Estamos assim...
Sucedem-se as manifestações contra ditadores, corruptos, analfabetos políticos, leis injustas, instituições muito aquém do que esperamos delas..., mostrando, à evidência, que, apesar do caminho percorrido, a igualdade e o reconhecimento recíproco, entre todos os seres humanos, estão longe de acontecer.
sexta-feira, 23 de julho de 2021
Direitos humanos
São os direitos que as pessoas têm, por serem seres humanos, independentemente da sua cidadania, nacionalidade, raça, etnia, língua, sexo, orientação sexual ou capacidades; os direitos humanos tornam-se exequíveis quando são codificados, como convenções, pactos ou tratados ou quando são reconhecidos como Lei Consuetudinária Internacional.
domingo, 18 de julho de 2021
18 de Julho – o dia de Nelson Mandela
Nelson Mandela foi (continua a ser) uma personalidade de enorme importância para os direitos humanos, por isso as Nações Unidas criaram um dia de celebração, em seu nome: o dia do seu nascimento, 18 de julho de 1918.
Lutou,
desde novo, contra a opressão e a segregação branca na África do Sul. A partir
dos anos 40, através do movimento político: Congresso Nacional Africano (CNA,) que
queria, por meios pacíficos, acabar com o apartheid, reivindicando direitos para
os negros. Não foi possível, aumentou a repressão policial e as prisões, contra
os membros do CNA que foi ilegalizado.
O
apartheid, é a segregação do regime político branco, apoiado em leis;
uma opressão racial institucionalizada, como se os negros fossem pessoas de
segunda classe, obrigados a viver em guetos e sem qualquer tipo de condições de
vida. Em espaço público, só podiam movimentar-se com uma credencial, que dizia
de e para onde podiam ir ou estar.
Em
1961, o CNA cria um grupo armado e aumenta a repressão branca. Em 1964, Mandela
é preso e condenado a prisão perpétua, passa 27 anos nas ilhas Robben. É libertado
a 11 de fevereiro de 1990.
Em
1993, ganha o prémio Nobel da Paz Em 1994, torna-se o primeiro presidente negro
da África do Sul, com a ideia precisa de lutar pela dignidade de todos, de unir
brancos e negros; está um mandato, não concorre a novas eleições, que ganharia
de forma esmagadora; cria uma fundação, abraçando causas sociais e políticas,
como sempre fez. Morre a 5 de dezembro 2013.
Mandela
é um símbolo, uma luz, um caminho para os direitos humanos!
sexta-feira, 16 de julho de 2021
A lei húngara
A lei aprovada, recentemente, na Hungria, contra a comunidade LGBT, viola os direitos humanos.
Sou contra essa lei, porque sou contra qualquer tipo de discriminação que não respeite o que é a liberdade individual. É esta liberdade que funda todos os direitos; se aceitamos pôr em causa este princípio, qualquer arbitrariedade é possível. É uma questão de dignidade humana.
sábado, 10 de julho de 2021
Por que falharam as revoluções?
Diz-me, uma senhora com setenta e muitos anos:
- Ninguém me falhou mais que os revolucionários e a revoluções em que acreditei, na minha juventude, e julguei possíveis. Falharam todas. E as que resistem, já não são revoluções, são ditaduras que levaram o povo à miséria e à despersonalização (Correia do Norte, Cuba, Venezuela, China…).
Criaram-se ideários revolucionários de liberdade, igualdade, justiça, mas os protagonistas continuaram com os mesmos sentimentos de prepotência, domínio, controlo, mesquinhez, egoísmo, exploração… não mudou a natureza dos indivíduos.
Triste realidade - penso eu - que também acreditei, e quero continuar a acreditar, num mundo e em sociedades melhores.