O mal tem tantas faces! Mas há alturas em que se esmera na perversidade; a aviação russa ou do regime sírio largou armas químicas sobre populações indefesas.
Quase uma centena de mortos, muitas crianças, e a comunidade internacional assiste, sem fazer grande coisa. Condena, claro, melhor fora que não o fizesse. Todos condenamos, mas não chega, é preciso outra política; são necessárias outras medidas.
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quarta-feira, 5 de abril de 2017
terça-feira, 4 de abril de 2017
Ainda sobre o outro, muçulmano, judeu, cristão...
O outro está para
lá do que possamos dizer acerca dele; não é o que parece ser, transcende-se
a si próprio. Nenhum conceito da psicologia, da ética, da antropologia, da religião... pode dizer quem ele é;
nenhum saber o abarca.
A sua significação excede qualquer representação, por mais lúcida e completa que possa ser. Só o encontro desinteressado,
despojado, pode dá-lo a conhecer.
sábado, 1 de abril de 2017
Olho aquele rosto concreto, sei que é um muçulmano
Mas podia ser cristão, judeu, hindu, budista, não crente..., podia ser o que fosse; é um ser humano que não se deixa prender em definições, que não se deixa encerrar em categorias. Há sempre, em cada rosto, um para lá. Uma transcendência de que não podemos falar.
Não sei se, aquele que me apelou, e de quem me aproximei, é vítima ou carrasco, explorador ou explorado, fundamentalista ou tolerante, chefe militar ou soldado, inimigo ou amigo...; sei, apenas, que preciso escutar o que tem para me dizer, sem exigir nada em troca, sem ocupar o primeiro plano.
Não sei se, aquele que me apelou, e de quem me aproximei, é vítima ou carrasco, explorador ou explorado, fundamentalista ou tolerante, chefe militar ou soldado, inimigo ou amigo...; sei, apenas, que preciso escutar o que tem para me dizer, sem exigir nada em troca, sem ocupar o primeiro plano.
terça-feira, 14 de março de 2017
Fotografias de guerra
Sou a favor de que se editem reportagens e
fotografias de guerra. Nem tudo o que é filmado ou fotografado pode ser
exibido, pois, há um ponto em que se toca, profundamente, na dignidade de
alguém. E isso não é possível acontecer.
Mas sou sensível ao argumento de que, sem o
impacto de fotografias, como a da criança vietnamita, em chamas, nua, correndo numa
estrada, fugindo de um ataque com napalm ou mais recentemente a daquela criança
síria, dando à costa, numa praia, o mundo não tinha acordado, da mesma maneira, para
o drama das guerras de que foram vítimas. Ao tornarem-se ícones, podem tornar-se
decisivas para a tomada de consciência, para o debate e a reflexão sobre o absurdo da violência.
Ainda assim, a menina vietnamita e o
menino sírio, não merecem ser exibidos, durante décadas ou sabe se lá quanto
tempo, em exposições pelo mundo, se isso supuser perder essa integridade, de
que falo, e que, temo, a banalização e a falta de contextualização possam destruir.
segunda-feira, 13 de março de 2017
A violência que não pára
A violência parece
não ter limites. Bastaria rever as imagens, desses refugiados, a que já nos
referimos, tantas vezes, para nos darmos conta da precariedade humana, para nos darmos conta
de como é ténue a linha entre a liberdade e a repressão, entre o abrir portas e
o levantar muros, entre a solidariedade e o pontapé, entre o acolhimento e a
xenofobia..., mesmo em sociedades e países arautos da defesa incondicional dos
direitos humanos.
Etiquetas:
violação de Direitos Humanos; Violência
sábado, 11 de março de 2017
Provérbios africanos
(Depois de um interregno, estou de volta à escrita neste blog, que penso fazer com regularidade).
Deixo uns provérbios...
- A união do rebanho obriga o leão a ir dormir com
fome.
- Ninguém pode despir um homem nu.
- Se crias uma serpente, serás o primeiro a quem ela
morde.
- Se ouves falar mal do teu amigo, escuta como se
tratara de ti.
- Quem deu à luz um monstro está obrigado a
amamentá-lo.
Provérbios africanos
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Maldade humana
Ninguém está a salvo. Somos todos carrascos e vítimas, exploradores e explorados, fundamentalistas e tolerantes... Todos, a não ser que escolhamos não o ser. Por que não o fazemos?
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