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domingo, 10 de junho de 2012
Síria, o ditador que não sai
A situação tornou-se insustentável. Mortes e mais mortes, uma quase guerra civil, e a comunidade internacional com panos quentes a tratar o regime. Se a ONU não conseguir resolver nada, se não houver avanços, é tempo de repensar o papel de instituições como esta em que tanto confiamos e que afinal servem para muito pouco. É uma desilusão...
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Direitos da Criança
A Convenção Internacional dos Direitos da Criança (1981) existe para lembrar aos governos que as crianças e jovens até aos dezoito anos são um grupo vulnerável a requerer cuidados e programas especiais, por parte das família e da sociedade em geral.
Em Portugal, onde julgamos existirem todos os direitos é cada vez maior o número de crianças em situação de pobreza e exclusão, vinte e tal por cento, porque são cada vez mais os pais que, por qualquer motivo, nomeadamente a crise económica e social que enfrentamos, não podem dar aos seus filhos o que é necessário para o seu desenvolvimento.
Em Portugal, onde julgamos existirem todos os direitos é cada vez maior o número de crianças em situação de pobreza e exclusão, vinte e tal por cento, porque são cada vez mais os pais que, por qualquer motivo, nomeadamente a crise económica e social que enfrentamos, não podem dar aos seus filhos o que é necessário para o seu desenvolvimento.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Houla, mais uma matança
Nos últimos dias, as tropas do regime sírio atacaram civis, entraram nas casas, e mataram dezenas de homens, mulheres e crianças. Perante a barbárie a comunidade internacional começa a mexer-se, são expulsos embaixadores sírios de alguns países (Espanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão…), o presidente francês chega a falar de intervenção desde que com mandato das Nações Unidas – como deve ser, evidentemente.
Entretanto, o enviado especial para o conflito, Kofi Annan, vai a Damasco, mais uma vez, encontrar-se com o ditador: “o que acordamos não está ser cumprido, o povo não quer este futuro blá...blá…blá…). Já se viu, muitas vezes e em muito dos lados, que os ditadores nunca desistem, nunca saem pelo seu pé, só se depostos e, em muitos casos, depois de deixarem atrás um rasto de sangue e de destruição que há-de durar gerações. Com este senhor não ia ser diferente, depois de tantos meses de conflito, de tantas idas e vindas do enviado especial da ONU, infelizmente, só uma intervenção pode pôr fim ao regime e acabar com esta onda de mortes.
Entretanto, o enviado especial para o conflito, Kofi Annan, vai a Damasco, mais uma vez, encontrar-se com o ditador: “o que acordamos não está ser cumprido, o povo não quer este futuro blá...blá…blá…). Já se viu, muitas vezes e em muito dos lados, que os ditadores nunca desistem, nunca saem pelo seu pé, só se depostos e, em muitos casos, depois de deixarem atrás um rasto de sangue e de destruição que há-de durar gerações. Com este senhor não ia ser diferente, depois de tantos meses de conflito, de tantas idas e vindas do enviado especial da ONU, infelizmente, só uma intervenção pode pôr fim ao regime e acabar com esta onda de mortes.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
A fome espreita, no Sahel
A instabilidade política no Mali levou a um número crescente de refugiados que pedem abrigo nos países vizinhos - Mauritânia, Burquina Faso, Níger, Chade…, aumentando a precariedade alimentar da região, sempre à beira da ruptura.
A fome é uma indignidade do mundo actual, de toda a gente. Uma enorme tragédia, tal como a guerra de que muitas vezes é consequência directa, a juntar aos desastres naturais e ao avanço das desertos.
A fome é uma indignidade do mundo actual, de toda a gente. Uma enorme tragédia, tal como a guerra de que muitas vezes é consequência directa, a juntar aos desastres naturais e ao avanço das desertos.
terça-feira, 15 de maio de 2012
Executado, pena de morte
Um enorme corredor, escuro, tétrico, três pessoas, um homem e duas mulheres, de mais de sessenta anos, caminham em direcção à maca onde está o executado, embrulhado em lençóis mas com a cara descoberta. São, porventura, familiares próximos. Tocam-lhe com as mãos, como se fizessem mimos, despedem-se dele com palavras de ternura, de compaixão. Uma das senhoras (talvez a mãe) diz-lhe: “Sê um bom rapaz, porta-te bem”. O absurdo deste desejo podia ser patético, mas aqui não é. Ao contrário, a imagem é fortíssima.
Irá a enterrar daí a algum tempo. Mais uma vez não estará só, pelo menos os que aqui vieram estarão lá.
(sobre um executado, um jovem ainda, algures no Texas, mas que podia ser em muitos outros lugares do mundo)
Irá a enterrar daí a algum tempo. Mais uma vez não estará só, pelo menos os que aqui vieram estarão lá.
(sobre um executado, um jovem ainda, algures no Texas, mas que podia ser em muitos outros lugares do mundo)
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Explosões em Damasco, capital da Síria
Damasco, uma cidade bíblica, carregada de simbolismo, é hoje palco de uma quase guerra civil, com uma desolação e uma ameaça crescentes invadindo as ruas. Ontem, duas bombas explodiram, mais de 55 pessoas mortas e mais de trezentas e setenta feridas. É a barbárie no seu auge, planeada, pensada, executada sobre inocentes.
A violência de um regime – uma ditadura – que finge eleições, promete cumprir acordos, mas tudo não passa de manobras de diversão para ganhar tempo e continuar eternizar-se no poder. Muda-se tanta coisa, intervêm-se em tanto lado, mas aqui a ONU assiste, sim, que o que fez até hoje pouco mais é que observar. Nenhuma Resolução, nenhuma acção capaz de parar com os confrontos, bem sei que a Rússia e outros o impedem. E, entretanto, o povo continua acurralado e a morrer.
A violência de um regime – uma ditadura – que finge eleições, promete cumprir acordos, mas tudo não passa de manobras de diversão para ganhar tempo e continuar eternizar-se no poder. Muda-se tanta coisa, intervêm-se em tanto lado, mas aqui a ONU assiste, sim, que o que fez até hoje pouco mais é que observar. Nenhuma Resolução, nenhuma acção capaz de parar com os confrontos, bem sei que a Rússia e outros o impedem. E, entretanto, o povo continua acurralado e a morrer.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
A extrema direita, na Europa
Assistimos, quase incrédulos, no dia das eleições gregas, ao partido da extrema direita, que acabava de eleger 20 deputados, a exigir, numa conferencia de imprensa, que os jornalistas se levantassem à entrada do líder. Julgávamos isto do passado, mas não é, e de aqui ao lado, da velha e instruída Europa. É preciso reflectir sobre as razões deste fenómeno que não exclusivo da Grécia, veja-se o que aconteceu com estes partidos na França, na Holanda, na Áustria e mesmo na Alemanha. Parece evidente que as democracias não sabem lidar com o problema, pois em nome da liberdade individual, entende-se que o povo tem direito a exprimir-se como quer, e tem , mas as sociedades não podem viver com quem não respeita os pilares das democracias, a dignidade humana, o respeito pelo outro e a pluralidade de valores.
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