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quinta-feira, 19 de julho de 2012

O regime de Damasco

É tal a forma como os ditadores vivem blindados que, a não ser que sejam traídos pelos seus, dificilmente caem. Bashar Al - Asad viu, ontem, cairem o ministro da defesa, um vicepresidente e outros altos quadros, num atentado suicida perpretado por alguém próximo.  Agora, já não há saída senão a violência generalizada, até à queda e fuga, senão for apanhado.  São tão míopes, estes senhores!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Morsi, o novo presidente egípcio

Como já tinha acontecido na Tunísia, uma organização/partido islâmica ganha o poder  em eleições  que contaram com observadores internacionais. 
Pergunto-me: como pode o povo, que tanto sofreu e lutou para pôr fim a a trinta anos de ditadura militar, votar e optar por um fundamentalista religioso.
É certo que Morsi saiu da organização da Irmandade Muçulmana, que diz ser presidente de todos os egípcios e respeitar a constituição, os acordos internacionais e os direitos humanos. Alguns vêem-no como um moderado. Não sei, desconfio sempre quando a religião se imiscui ou confunde com a política.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A Alegoria da Caverna , recordada aos politicos

Apetece fazer uma versão anotada deste texto de Platão (Livro VI da Republica) e enviá-la a quem manda na educação, para ver se percebem o essencial. Se percebem que o saber é, sobretudo, o que descobrimos, o que pensamos e o que construímos com os outros (o construtivismo contemporâneo é devedor de séculos de escola e de relação educativa) e que, para tal, é preciso condições a diferentes níveis.
Dentro da caverna, os indivíduos, habituados a ver as sombras reflectidas na parede, tomam-nas pela realidade, aliás, para eles, são a realidade; quando saem para a luz e finalmente vêem os objectos reais, julgam que são mentira e que a verdade está nas sombras. Este caminhar da ignorância para o conhecimento corresponde ao projecto educativo de todo o ser humano e de todas as sociedades. Leva tempo, tem custos.
Não vou continuar a história…, até porque as sombras não são as mesmas, mas a saída é a mesma, só o conhecimento, a discussão crítica e a justiça (que eu coloco em vez do Bem) podem iluminar o caminho sobre a educação que temos e queremos ter.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

somos habitantes de relações e de mundos

A relação do ser humano com a vida é sempre de “morada”, de sentir-se em casa, familiarizado, confortável…
É por isso que criamos sentidos, através da ciência, da técnica, da economia, da política, da religião... As pessoas inovam, imaginam, inventam, constroem, reconstroem, projectam, fazem.  Constroem culturas.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Conferência: Rio + 20

Patrocinada pela ONU decorre, de 20 a 22 de Junho a conferência sobre o ambiente e o desenvolvimento sustentável.  Não há hoje nenhuma dúvida de que esta é uma questão séria:  ou conseguimos um desenvolvimento que proteja e potencie os recuros naturais ou a vida (incluída a humana) fica comprometida. Não podemos em nome de indíces de desenvolvimento que todos queremos, obviamente, hipotecar o futuro. Penso que era Lévinas que dizia que somos devedores do futuro, emprestaram-nos a terra com os todos os seus recursos para aqui viver, mas temos uma dívida para com as gerações futuras,  temos de  a manter viva e equilibrada.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Reunião do G-20, Los Cabos, México

Reunem-se os senhores do mundo, os vinte países que mais podem: os  de sempre, os emergentes (China, Índia, México, Brasil) e os que, à beira da banca rota (Espenha, Itália), pedem que isto mude. Mas mudar como? Se houvesse soluções já as tinham utilizado, são tantos os gurus económicos que não acredito  que se houvesse saída não tivessem já indicado a porta. Não há saída, o problema é de modelo económico, é esta volatilização do dinheiro e dos mercados financeiros, que ninguém está a salvo.   

sábado, 16 de junho de 2012

12 de Junho, dia mundial contra o trabalho infantil

“Gostava de vestir o uniforme e de ir à escola”, diz Sheila, uma menina indiana, de doze anos, que trabalha numa fábrica de tapetes para ajudar a  família.
Para quem as contrata e explora o que interessa é terem à disposição dedos pequeninos como os de Sheila que entrelacem fios demasiado finos em desenhos minuciosos. São crianças como ela que repetem, infinitamente, gestos iguais para que tudo saia perfeito e surjam aquelas obras de arte. Mas a que preço!
São crianças como ela que ficam com insuportáveis dores no corpo e marcas para toda a vida, enquanto, nas casas e palácios de gente rica, ninguém pense, ao pisar uma dessas carpetes, quem as teceu e em que condições. Não é isso, o que lhes interessa!
Mas, a nós é isso que interessa, são os direitos das crianças e a sua vida o que aqui está em causa. Lutar contra o trabalho infantil, é uma obrigação e uma responsabilidade de todos.
Querida Sheila, espero que possas deixar o trabalho na fábrica, vistas de novo o uniforme e regresses à escola. Imagino-te, correndo pelo pátio, de livros na mão, dizendo bom dia à vida. Mereces isso, tu e todas as crianças do mundo que são obrigadas a trabalhar antes do tempo. E são muitas!