Visivelmente perturbado e com um discurso sem nexo, diz aos voluntários que tentam acalmá-lo:
- Tenho uma fortuna para receber, mas não
posso, porque me roubaram os papéis do banco. Roubaram-mos aqui. Vou lá todos
os dias, chamam a polícia e não me deixam entrar.
- Não quer uma sopa quente e o resto que
aqui temos para si – diz-lhe um dos jovens.
- Não me chateiem, desapareçam, não
preciso de nada…
- Fica aqui o saco; quando o senhor
quiser come, não há problema.
Dos que vivem na rua, os doentes
mentais são os mais frágeis dos frágeis. Nada se compara, a um delírio que permanentemente
os atormenta.