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terça-feira, 28 de julho de 2020

O assassínio de Bruno Candé Marques

Bruno Candé Marques 

Tinha 39 anos, era ator, pai, amigo, irmão…, foi morto com quatro tiros por um homem de 80 anos. Dizem tratar-se de um crime racial. 

O racismo não é apenas imoral, ignóbil…, é irracional. Tem o homem assassinado responsabilidade por ser negro? Tem o homem que o matou responsabilidade por ser branco? Não têm. Responsabilidade temos, cada um de nós, pelos atos que escolhemos praticar.

Não há nenhuma justificação para o racismo, nem a cultural. Foram os brancos que escravizaram, colonizaram, maltrataram…A história mostra bem de que lado está a responsabilidade, não por ser negro ou branco, mas por ser boa ou má pessoa. É o mal, a prepotência, a sobranceria..., parece que estamos sempre no ano zero da humanidade, prontos para voltar às cavernas.


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Amália, o centenário

Amália Rodrigues
Amália nasceu há cem anos, em 23 de julho de 1920 e morreu a 6 de outubro de 1999. Começaram ontem as homenagens que vão estender-se por todo o ano.
Ninguém canta como Amália. É a voz. Mas é muito mais do que isso; algo que não sei explicar. Quantas vezes me emocionei ao ouvi-la.  
Um dia, há muito tempo, enquanto esperava numa fila, para comprar um bilhete para o musical «Amália», do Filipe la Féria, no teatro Politeama, em Lisboa, ao som de uma das canções de Amália, percebi a força e a eternidade daquela voz e daquela vida.  Amália é e será presente.


Deixo a ligação, um convite a escutá-la.
https://www.youtube.com/watch?v=fIn9ccVbBzI

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Excerto do discurso de Nelson Mandela, em Oslo (2)

Esse triunfo encerrará, finalmente, cinco séculos de colonização africana, que começou com o estabelecimento do império português. Constituirá um grande passo na história e servirá como caução para os povos do mundo que lutam contra o racismo, seja qual for a forma que tenha e o lugar onde ocorra.

No extremo sul do continente africano, está em preparação uma recompensa, um incalculável presente, para aqueles que, em nome da humanidade, sacrificaram tudo pela liberdade e pela dignidade humana».



terça-feira, 21 de julho de 2020

Excerto do discurso de Nelson Mandela, em Oslo (1)



Nelson Mandela 
Foi m 1993, quando recebeu o Prémio Nobel da Paz.

“Estou aqui em representação de milhões de pessoas do meu povo que ousaram levantar-se contra um sistema social injusto, cuja verdadeira essência é a guerra, a violência, o racismo, a repressão e a pobreza.

Também, estou aqui em representação do movimento anti-apartheid, governos e organizações, que se juntaram a nós para lutarem, não contra a África do Sul ou algum dos seus povos, mas contra um sistema inumano, contribuindo para o rápido fim do apartheid, um crime contra a humanidade.

Esse incontável número de seres humanos, dentro e fora do nosso país, teve a nobreza de espírito de se colocar no caminho da tirania e da injustiça, sem procurar ganhos próprios. Consideraram que a injúria de um era a injúria de todos e sobretudo agiram em defesa da justiça e da decência humana.

 Devido à sua coragem e persistência, de muitos anos, podemos hoje esperar que, em breve, a humanidade possa celebrar uma das vitórias mais proeminentes do nosso século: o fim do apartheid e da lei da minoria branca.


domingo, 19 de julho de 2020

Morreu John Lewis

Aqui, nesta ponte, a polícia carregou sobre os manifestantes. John Lewis foi ferido.


Morreu a 17 de julho de 2020, com oitenta anos. Nasceu a 21 de Fevereiro de 1940, no Alabama. Era o último sobrevivente do movimento, marchas pacíficas, pelos direitos cívicos dos negros, encabeçado por Martin Luther King, iniciado na célebre ponte, em Selma, Alabama, que viria a obrigar o Congresso a aprovar uma lei que reconheceu aos negros o direito de voto. Foi em 1965.

Membro do Congresso desde 1986, John Lewis era uma consciência, uma voz, uma atitude…, na defesa dos direitos dos negros. Há poucas semanas, já muito doente, participou nas manifestações: «As vidas dos negros contam»,  contra o racismo, na sequência da morte de negros, por polícias.


segunda-feira, 13 de julho de 2020

Palmas para Maria Lúcia Amaral – Provedora de Justiça


A Provedoria de Justiça é um órgão do Estado, nomeado pela Assembleia da República, mas com autonomia no desempenho das suas funções, centradas na garantia dos direitos, liberdades e interesses legítimos dos cidadãos, através de recomendações.

Deu uma entrevista que mostra bem o conhecimento e a preocupação com o país em tempos de pandemia, nomeadamente, a atenção aos mais velhos, os desequilíbrios territoriais e as falhas de muitos serviços públicos.


sexta-feira, 10 de julho de 2020

A pandemia

A pandemia do COVID-19 pôs a nu as fragilidades humanas, sociais e económicas do mundo atual, apesar da globalização e tudo o resto. Mostrou também a interdependência dos países, a  impor a todos, indivíduos, sociedades e instituições nacionais e supranacionais, reavaliações, reajustamentos e concertações, aos mais diferentes níveis. 
Estamos literalmente no mesmo barco, com muitos a cair à água.