Sou contra. Poderia aduzir razões (muitas, até) mas de nada
serviria, quando se trata de lidar com extremos. Não posso dizer que não seja sensível
à justificação cultural, mas a mesma é válida para quem quer andar de monoquini ou
sem nada, mesmo. Não poderia haver uma maneira de pensar um meio termo, saber o
que uns e outros poderíamos reciprocamente aceitar, em sociedades em que temos de viver juntos? Não haverá maneira de
encontrar pontos de cedência, sem que tudo desmorone, sem que qualquer espécie
de diálogo se torne possível?
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segunda-feira, 22 de agosto de 2016
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
De que ordem são as injustiças?
São de natureza social, diriam uns; são de natureza cultural, diriam outros; não é possível distinguir entre estes dois pólos, diriam ainda outros. Ou seja , o debate não é linear. Na verdade, o que mostram as sociedades actuais, democráticas, abertas e diversas, é a necessidade de considerar que qualquer hierarquização cultural é ilegítima, não há culturas superiores umas as outras, o que há é diferenças culturais. Mas, depois, vem a realidade e mostra o absurdo: fundamentalismos religiosos que decapitam, crucificam, chicoteiam...como se estivessem num qualquer delírio que os impede de pensar. Isto é o quê?
(O jovem da Arábia Saudita condenado à morte, por crucificação, por estes dias, é um triste exemplo. Intolerável. Vamos ver o que diz a comunidade internacional!)
Etiquetas:
diversidade cultural,
fundamentalismo,
injustiça
domingo, 13 de outubro de 2013
Malala, um símbolo
A jovem paquistanesa que há um ano foi
baleada, no atentado a um autocarro, quando regressava da escola, é já um símbolo. Falou nas Nações Unidas, acabou de ganhar
o Prémio Sakharov e está nomeada para o Nobel da Paz.
Malala é uma menina corajosa,
inteligente, determinada…, luta pela educação a que tem direito, a sua e a de
todas as raparigas do seu pais e de outros países, mas não pode ser instrumento
de ninguém, pessoa ou organização. Tem apenas dezasseis anos.
Às vezes, parece, num ponto ou outro
do seu discurso, haver demasiada politização, como, por exemplo, quando falou
nas Nações Unidas e disse: “as mulheres têm de lutar pelos seus direitos em
todo lado, mesmo aqui, nos Estados Unidos, têm de levar uma mulher a presidente”
e os focos caíram sobre a senhora Clinton.
- Malala, sei que vais continuar a
estudar, a pensar por ti mesma, a ser capaz de questionar as coisas e de as perceberes
no confronto com os jogos de interesses da alta política.
Etiquetas:
Educação,
fundamentalismo,
personalidades
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Imagens de Maomé
Repetem-se
as manifestações contra as imagens publicadas numa revista francesa com o
profeta Maomé, na sequência do que tinha acontecido com filme americano “A inocência
dos muçulmanos”. Para nós, parecem despropositas, um exagero, tiques
fundamentalistas... No entanto, há sempre matizes.
Obviamente
que o argumento mais claro e mais forte é o de que a liberdade de expressão não
pode ser posta em causa, não se pode deixar de dizer isto ou aquilo, por causa
da reação dos muçulmanos, mas, também não se pode atentar de ânimo leve contra
as convicções das pessoas. A religião é um direito humano, cada um pode
acreditar no que entender, desde que conviva pacificamente com os demais. É
isto que também está em causa. Portanto, sem abdicar dessa liberdade, não se
devem criar provocações desnecessárias.
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