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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Birkenau- Auschwitz II

Aqui, praticamente, tudo foi destruído pelos nazis, no final da guerra. O campo é atravessado pela linha férrea que trará, como gado, milhões de judeus de toda a Europa, são para aqui deportados os judeus das ilhas anglo-normandas, da França, Holanda, Bulgária…, chegam enganados, pensam que vêm para trabalhar, aos meninos dizem, “voltarás para os teus pais”, mesmo sabendo, em muitos caos, que os pais acabarão mortos nos próximos dias.

Dos dois lados da linha, foram  construídos, alinhados, 350 barracões de madeira, restam três ou quatro barracões que são visitáveis, um deles mostra como viviam, muitas centenas de pessoas, numa espécie de beliches, de  um  lado e do outro do barracão, com camas empilhadas, umas ao lado das outras e umas sobre as outras, podendo dormir sete ou oito pessoas em cada cama. Está de pé ainda um dos barracões com fossas sanitárias ( havia nos campos regras de higiene absolutamente determinantes, quem não cumprisse era preso ou morto).  

Quando olhamos a imensidão do campo, até às árvores lá do fundo, e o percorremos ao longo da linha férrea, não podemos imaginar, por impossibilidade, o que aqui se passou. Birkenau foi um campo de extermínio, puro e simples, matar, com o menor alarido e o menor custo, o número máximo de pessoas, era o objectivo dos nazis, e assim se chega ao 1, 3 milhões só neste campo. 

No campo, foram construídos também quatro grandes fornos crematórios, os de 2000 pessoas, e respectivas câmaras de gás, muitos dos que aqui chegam morrem gaseados no primeiro dia, os outros (os tais 80%), a que se vai juntando sempre o número de doentes e esfomeados que deixaram de poder trabalhar morrerão conforme a capacidade dos fornos. A desumanidade, em estado puro, está ali, pensada, planeada, levada a cabo por gente que supostamente era civilizada. (Que vidas a destes nazis ao serviço do III Reich) . 

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