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sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Rudolf Höss


Já fora do campo, mas bem próximo, rodeada de árvores, fica a casa onde vivia o comandante do campo, Rudolf Höss. Era aí que, no maior conforto familiar, descansava, recebia visitas, brincava com os filhos…, depois de mandar espancar, prender, fuzilar, enforcar, enterrar, gasear, queimar…, tudo o que possamos imaginar e sempre como se nada fosse. Quantas faces têm os assassinos! Como é que um rapaz simples, filho de camponeses, se transforma na pessoa prepotente, cruel, mesquinha, assassina, alucinada…?

Impressiona profundamente, nesta máquina de guerra, por um lado, a estratégia, tudo obedecia a um plano, toda a máquina ao serviço do extermínio dos judeus e outras minorias, como ciganos e homossexuais.
Impressiona também a, quase, não consciência, ninguém se questiona sobre o que faz. A partir de certa altura, todos parecem agir como autómatos, numa linha de comando que chega a Hitler, como se cada um não fosse mais do que peça de uma engrenagem, como se ninguém ouvisse ou visse nada. Tudo parece invisível.
Invisibilidade que chega a todo o lado, então, as povoações vizinhas, as vilas e aldeias, que rodeavam os campos não sabiam o que se passava em Auschwitz-Birkenau? Custa a acreditar. 

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