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domingo, 28 de agosto de 2022

Ainda a guerra contra a Ucrânia

 Passados seis meses desta guerra, nenhuma esperança em dias melhores. Ao contrário, espera-se o pior. É já longo catálogo de horrores: cidades completamente destruídas, milhões em fuga, deslocados no país ou refugiados em países europeus, massacres sem conta, milhares de mortos, de prisioneiros, de crimes de guerra…. Agora, é a central de Zaporizhia, a ser utilizada como arma de guerra, como se fosse coisa pouca, um incidente nuclear.

Central de Zaporizhia, na Ucrânia. 

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

A insustentável troca de favores...

 Sérgio  Figueiredo,  que ia para consultor especial do  ministro das finanças, desistiu do contrato que assinou há poucos dia. Diz que foram muitas e intoleráveis as críticas, ao ponto de comprometerem o seu trabalho, que não havia nenhuma ilegalidade, sabemos isso, mas não conseguiu explicar que não era uma  troca de favores, porque há factos, porque há  contratos anteriores entre estes dois indivíduos.

Foi um ganho da opinião pública e dos partidos políticos, mas o ponto não é este, o ponto é a transparência  da vida politica e da vida pública. Os Sérgios Figueiredos desta vida,  e mais se são competentes, devem ser consultores, ministros, presidentes, o que seja, mas com total lisura de procedimentos.


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

A propósito do mecanismo ibérico para o gás

Muita gente ainda não percebeu nada. Ninguém sabe exatamente o que define e implica o tal mecanismo. Ora, explicar isto, era a primeira coisa que devia ser feita.
Por que não o fazem? Porque não querem, evidentemente.
O meu maior problema, com os políticos, é a mentira. Aprendem todos depressa «a arte da política», mesmo usando diferentes cartilhas. Vem de longe isto, e continuará, porque não se muda a natureza humana.
Há quem os desculpe e considere que não são bem mentiras, são meias verdades». Sejam. O ponto é que meias verdades são mentiras.
Foto: Os primeiros-ministros de Portugal e Espanha
Pode ser uma imagem de 2 pessoas, pessoas em pé e fato
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sábado, 30 de julho de 2022

A falência do Serviço Nacional de Saúde

Não estávamos à espera que o problema no fosse tão grave, tão generalizado e de tão difícil resolução. Já se viu que a ministra, Marta Temido, é incapaz de travar a degradação crescente.

Não é só organização, carreiras, direitos salariais….É mais do que isso: é a falta de médicos, que não se inventam, por mais que nos digam que é porque preferem emigrar, ir para o privado, ser tarefeiros a contratados...
Como é que se assume a responsabilidade política, por esta insustentável situação, nas democracias? A ministra deve pedir a demissão.

Foto: A urgência do hospital, Garcia de Orta, Almada.



sábado, 23 de julho de 2022

Celebremos o acordo para os cereais

Durante quatro meses, os cereais ucranianos, cerca de 20 milhões de toneladas, vão poder ser exportados, através do mar Negro, com a supervisão da ONU e da Turquia.

Finalmente, milhões de seres humanos ameaçados pela fome, em muitos países do mundo, sobretudo, na África e Ásia, vão poder alimentar-se.
Negociado durante dois meses, mostra bem a complexidade do que está em causa: os interesses e o taticismo de uns e de outros, as contrapartidas (a Rússia exportará cerca de 100 milhões de toneladas de cereais e fertilizantes), as dificuldades do processo (desminagem, vigilância dos barcos, coordenação da logística…).
Apesar disto, esperemos que se realize.

Foto: Navio no mar Negro


terça-feira, 19 de julho de 2022

combatente na Guiné, na guerra colonial

Passei por várias fases: mas, foi o álcool que me levou à decadência mais absoluta, estava no chão, caído; sem a mão da minha mulher, sempre presente para me ajudar a levantar, não teria sobrevivido.

Ela, que assiste à conversa, contrai-se, leva as mãos aos olhos, rasos de água, olha-o de um modo que ninguém, de fora, pode explicar; um olhar infinito que só eles conhecem, que só eles partilham, como se já não houvesse tempo, nem distâncias e tudo, neles, fosse já eternidade.
- É amor, um amor para a vida - confidenciam-me.
E eu sei que sim!

quinta-feira, 14 de julho de 2022

Aturdidos pela tecnologia

 A imagem de alguém, fechado num quarto ou num escritório, frente a um computador, de auscultadores nos ouvidos, ligado à Internet, com infindáveis janelas abertas, dois ou mais telemóveis em cima da mesa, tocando à vez ou ao mesmo tempo, tornou-se tão comum que já não a questionamos, embora devêssemos. É a normalidade dos nossos dias, mas precisamos saber que, viver assim, não é uma inevitabilidade. A técnica não é um determinismo.