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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

A propósito do mecanismo ibérico para o gás

Muita gente ainda não percebeu nada. Ninguém sabe exatamente o que define e implica o tal mecanismo. Ora, explicar isto, era a primeira coisa que devia ser feita.
Por que não o fazem? Porque não querem, evidentemente.
O meu maior problema, com os políticos, é a mentira. Aprendem todos depressa «a arte da política», mesmo usando diferentes cartilhas. Vem de longe isto, e continuará, porque não se muda a natureza humana.
Há quem os desculpe e considere que não são bem mentiras, são meias verdades». Sejam. O ponto é que meias verdades são mentiras.
Foto: Os primeiros-ministros de Portugal e Espanha
Pode ser uma imagem de 2 pessoas, pessoas em pé e fato
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quarta-feira, 28 de abril de 2021

Cresce o perigo da extrema direita

Os avanços de movimentos políticos de extrema direita, um pouco por todo o lado, nomeadamente, em Portugal, indiciam que o perigo da discriminação de grupos étnicos, religiosos ou de outra natureza, não é uma mera ameaça; é já uma a realidade.

Algo, que pode vir a «normalizar-se», ao ponto de cada vez menos pessoas questionarem os perigos da ideologia que representam. Começam, com delírios nacionalistas, mais ou menos inofensivos, mas depressa, passam a um crescendo de atitudes racistas e xenófobas, não havendo lugar para o diferente.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Os meninos de São Judas, o filme


O filme fala dos meninos do reformatório de São Judas, na Irlanda, em 1939. Revela uma realidade que, apesar da brutalidade de algumas práticas, como o abuso sexual e a tortura física, se prolongou, por muitas décadas, em instituições similares – e é por isso que aquela violência parece quase não nos surpreender.
Mas há sempre um limite. Tínhamos assistido à tortura dos dois jovens, debruçados sobre um banco comprido de madeira, rente ao chão, com o resto dos companheiros a assistirem – tal como se torturavam, há séculos atrás, os escravos, presos ao tronco, em espectáculo público, para que todos vissem o que lhes podia também acontecer se ousassem desobedecer – mas não estávamos preparados para a cena do assassínio de Liam, a quem o padre John mata à chicotada e  pontapé.
O padre mata por motivos impossíveis de compreender. Quer saber por que apareceu no reformatório um professor laico, William Franklin. "Será comunista"?
O professor trata os jovens como pessoas, pelo nome próprio, promete responder às suas perguntas e levá-los a pensar para lá de si próprios e dos muros do colégio. Na noite de Natal, oferece a todos uma prenda, um livro, que contém algo de especial para cada um – poesia, literatura, teatro, vida, sentimentos, comprometimento… Os miúdos decoram frases, versos, fazem coros, récitas, teatros…
Algo de novo aconteceu e o padre John não aguenta. Estes são fantasmas que se prolongam por décadas. De algum modo, todos somos testemunhas, eu própria recordo uma adolescência e um início da idade adulta em que o comunismo era uma palavra maldita, como não seriam as pessoas que tinham essa ideologia e se empenhavam em transmiti-la? Excomungadas, obviamente. Ainda, hoje, não percebo nada. Mas, depois de sabermos o que se passou, nessa Europa de Leste, quando se derruba o muro de Berlim, vemos que nunca há o branco e o preto, mas nada justificava a paranoia e a maldade do padre John.
Franklin luta com todas as suas forças até os abusadores saírem de cena. (Sabe -se, no final do filme, que o padre Mac, o dos abusos sexuais, vai para os Estados Unidos, é-lhe dada uma paróquia e ainda vive; o padre John, o torturador implacável, é mandado para África e morre em 1969).  Decide, então, abandonar o colégio, mas não resiste à despedida, particularmente, à atitude de um dos jovens a recitar-lhe poesias do livro que lhe dera. Franklin quebra. Não pode deixá-los já. Fica por mais cinco anos, alistando-se depois nas tropas aliadas. Morre, na frente de batalha, em 1944.
Para a sua luta é o fim, mas quantos começos não tinha já deixado atrás, junto dos jovens do colégio São Judas! Quantos começos não deixa, ainda, hoje, naqueles que vêem o filme e percebem a força de uma consciência! Nem tudo são entardeceres, mesmo nestes sombrios colégios. Viva o professor Franklin! 

quarta-feira, 28 de abril de 2010

É tal o desvario...

O face a face com o outro já não é momento de revelação, de verdade. Não pode ser, se o outro em vez de se desnudar, prepara e exibe múltiplas máscaras - declarações preparadas, ódios de estimação, interesses, vaidades várias... - Vivemos numa mentira, e é por isso que desconfiamos de tudo e de todos, não nos deixam opção, basta ver as multiplas comissões de inquérito, os discursos de alguns políticos, falam de uma realidade virtual, dizem, desdizem, acusam-se, jogam... como se nada se passasse como se nada fosse (mas passou-se e foi). A política é honradez, honestidade, compromisso com a verdade..., ou já não é?

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Não é tudo possível!

A deputada Maria José Nogueira Pinto chamou, no Parlamento, na Comissão de Saúde, "palhaço" e "inimputável" a um deputado do PS. Não o conheço, não sei quem é, mas esta senhora sim, é conhecida de há muito e, por qualquer iluminação, acha que pode dizer o que lhe vem à cabeça, enerva-se com os apartes e desatina. Não vá para a política. Como é que pode representar alguém? Claro que o outro senhor também disse o que não devia, mas em resposta à senhora, em resposta a um insulto, não só pelo adjectivo usado mas pelo modo como falou. Onde fica o respeito? Se ela não pedir desculpas, se não houver consequências, ficamos a saber a que ponto chegou a política portuguesa, arrastada para tão baixo, por estes tristes políticos.

sábado, 12 de julho de 2008

Para quê tanta burocracia

Aparentemente, pareceria, nesta era da Internet, que a burocracia teria os dias contados. Qual quê! Continua, implacável, com os zelotas de sempre. A burocracia é das coisas que mais me desorienta, e mais um documento, e mais uma declaração, e mais um fax, e mais isto e mais aquilo, para nada, apenas e só para complicar. Aquele argumento de que são os papéis que salvaguardam os nossos procedimentos, até pode ser válido, mas o que se perde em energias, em tempo, em dinheiro, é demasiado. Às vezes, apetece desistir.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Que valor tem o referendo europeu?

Não percebo nada de economia, e, portanto, a minha desconfiança pode ser só ignorância. A economia tornou-se nos tempos que correm algo de "sagrado", com os seus gurus a analisar, a dizer, a prever (às vezes muito mal, por certo). Em nome dela, por ela, se governa o mundo, se fazem escolhas, decisões, etc. e até se põe em causa a democracia.
Mas, por favor, não enganem o povo, se acham que o Tratado de Lisboa - como já antes a Constituição que quiseram fazer aprovar - é algo decisivo para a Europa, para o futuro de todos nós, e já viram que muitos europeus, quando expressam o seu voto, não pensam assim, porque consultam o povo, apenas para cumprir formalidades democráticas ou para procederem democraticamente, cumprindo escrupulosamente os resultados? Basta um raciocínio simples: era necessário que a Irlanda aprovasse o Tratado, não aprovou, logo, não há Tratado. Mas à lógica, impõem-se os interesses da "alta política", o que antes era, hoje já não é, e siga o processo. Que bela democracia a destes senhores da Europa!

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Obama! Obama! Obama!

Olho Obama a declarar a sua vitória nas Primárias dos Estados Unidos, a abraçar a mulher, a dirigir-se à sua adversária, e penso: é uma pessoa especial, tem de ser, para isto ter sido possível, de vez enquando a humanidade é brindada com homens sábios, brilhantes, bons. Sei que Obama não vai decepcionar, tenho a certeza. Algo de novo acaba de acontecer.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Tantas fardas, na Praça Vermelha

Voltaram às ruas de Moscovo, as infindáveis e "impecáveis" paradas militares. Assim, comemoram o fim da II Guerra Mundial, ao mesmo tempo que mostram o seu poderio militar. Olha-se para aquilo, e pensa-se: voltámos a que tempo? Quase confundo Putin e o actual Presidente com outros senhores de tempos idos. Quero estar enganada, espero que esta democracia, tão militarizada, tão musculada e tão outras coisas ..., não acabe por aqui.

domingo, 27 de janeiro de 2008

Acredito em Obama

Estou feliz por Obama ter ganho folgadamente nas primárias da Carolina do Sul. Dizem que Hillary Clinton tem mais experiência, um marido atrás, e que os Estados Unidos estão numa situação tal que seria bom uma espécie de "dois em um". O velho argumento dos imprescindíveis, dos salvadores da pátria, dos vencedores antecipados, ou eles ou o caos.

Por que não pode Obama ser o presidente que os Estados Unidos e o mundo precisam? Decerto que pode, porque milhões de pessoas o querem, este é o valor e a força da democracia. É tempo de algo de novo acontecer!