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sexta-feira, 15 de abril de 2022

Nas ruínas de Mariupol, Ucrânia

 Começam a aparecer apontamentos de reportagem que tocam a dignidade humana – sei bem que tudo naquela guerra é indigno e que a barbárie russa precisa ser mostrada, mas há limites!

Aquele homem, relativamente novo, de olhar perdido, mais que desorientado, incapaz de articular discurso e a quem perguntam: como se sente? Para onde vai? Quem perdeu? Já não tem casa?

Aquele jovem, em cima de uma montanha de destroços, a quem perguntam: como se sente? O que perdeu? Não tem para onde ir? Não tem medo de ficar aqui?

-  Não saio daqui. Até tenho para onde ir, mas é tão longe, que não sei se ia conseguir lá chegar…


quarta-feira, 6 de abril de 2022

Os impasses do Conselho de Segurança da ONU

É formado por 15 países e destes 5 (China, Estados Unidos, Reino Unido, França e Rússia) são membros permanentes, com direito de veto, ou seja, se votarem contra uma resolução a mesma deixa de ter aplicação prática.

São dificuldades que se repetem, já vimos isto acontecer noutros conflitos, noutras situações. Parece impossível uma reforma capaz de tornar este Conselho Permanente eficaz e para isso não pode a parte interessada (neste caso a Rússia) votar em si própria.

quinta-feira, 24 de março de 2022

Algumas notas sobre grandes batalhas (a mesma indecência humana)

Em Austerlitz, França, 1805; - Em Waterloo, atual Bélgica, 1815; - Em Ypres, Flandres, durante a I Guerra Mundial (1914-1918) houve quatro grandes batalhas; na última, a de La Lys, com milhares de baixas portuguesas (mortos, feridos e prisioneiros); - Em Gettysburg, Pensilvânia, Estados Unidos, 1863, na Guerra da Secessão; - Em Verdun, França,1916, I Guerra Mundial, durante dez meses, entre franceses e alemães, com muitas centenas de milhar de

domingo, 20 de março de 2022

Guerras

Empilhem os corpos em Austerlitz e Waterloo. Acamem-nos bem e deixem-me trabalhar – Eu sou a erva; eu cubro tudo. E empilhem-nos também em Gettysburg; Empilhem-nos em Ypres e Verdun. Acamem-nos bem e deixem-me trabalhar. Dois anos, dez anos, e os passageiros perguntam ao motorista: Que lugar é este? Onde é que estamos? Eu sou a erva. Deixem-me trabalhar Carl Sandburg

quinta-feira, 17 de março de 2022

São tantos os bombardeamentos ...

Os russos destróem hospitais, escolas, teatros, bairros residenciais..., como se fossem alvos militares, e depois a desculpa:«pensávamos que abrigavam os ultranacionalistas do batalhão de Azov. E assim estamos, paralisados, espectadores de um mundo que não entendemos, que nos entra em casa, nos incomoda, nos revolta e que parece não ter fim. O inferno é isto!

segunda-feira, 14 de março de 2022

A violência de Putin, vem de longe

(republico uma crónica de 9 de maio, de 2008) Tantas fardas, na Praça Vermelha Voltaram às ruas de Moscovo, as infindáveis e "impecáveis" paradas militares. Assim, comemoram o fim da II Guerra Mundial, ao mesmo tempo que mostram o seu poderio militar. Olha-se para aquilo, e pensa-se: voltámos a que tempo? Quase confundo Putin e o actual Presidente com outros senhores de tempos idos. Quero estar enganada, espero que esta democracia, tão militarizada, tão musculada e tão outras coisas ..., não acabe por aqui.

terça-feira, 8 de março de 2022

Caem bombas, em cidades ucranianas

Assistimos à escalada da guerra e não acreditamos, como é possível aquele nível de destruição, atingindo alvos civis. Putin está disposto a tudo, isso já se percebeu, como se não importassem os milhões de deslocados, os milhões de refugiados, os milhares de mortos, os milhares de feridos…, a total devastação da Ucrânia. E por quê? Porque ele quer. Se ele quer, não olha a meios. O mais certo é as negociações, que eu espero continuem, não levem a nada nenhum. E então ninguém pode deter o monstro? Este é ponto: é preciso prender Putin. Só os russos o podem fazer, quando perceberem que as suas vidas se tornaram insuportáveis...