Hoje é o dia mundial dos direitos humanos. Depois do que foi o desastre da II Guerra Mundial, pensou-se que se existissem declarações, tratados e organizações mundiais que impusessem o direito internacional, a humanidade não tinha assistido ao que acabara de acontecer. A 10 de Dezembro de 1948, em Paris, é proclamada uma declaração universal para toda a humanidade. Os trinta direitos aí proclamados não perdem vigência, ao contrário, vendo o estado do mundo, mais de trinta conflitos armados, uma crise e refugiados, sírios, afegãos, eritreus, iraquianos..., que tomou umas proporções que envergonham o mundo civilizado, ganham a força de uma urgência, de uma necessidade. Espero que seja possível repensar o papel das Nações Unidas e suas Agências; espero respostas mais eficientes e mais rápidas; espero que acabe a hipocrisia dos Estados (não sei se de todos, mas de alguns certamente).
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
Reconhecimento um ideal também moral
O reconhecimento não pode ser apenas um conceito politico, reconhecer e implementar através de politicas ativas os direitos dos grupos minoritários. É preciso uma proposta de reconhecimento com fundamentos éticos, ou seja, uma ética do reconhecimento assente no dever moral de reconhecer o outro com base em conceitos de
reciprocidade e de respeito.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
Um deles mente
Ouvimos o presidente russo, um tal de Putin, dizer que um avião militar do seu pais foi abatido pelos turcos, enquanto combatia o estado islâmico; ouvimos o presidente turco, um tal de Erdogan, dizer que os russos violaram o espaço aéreo turco, não responderam aos avisos e por isso foram abatidos.
Um deles mente, um deles faz de nós parvos, de nós e de todo o mundo, da Nato, etc. Fazem-se reuniões ao mais alto nível, prometem-se retaliações, mas, então, não se vê que há uma mentira por esclarecer, esclareça-se primeiro: quem diz a verdade?
Será possível que grande parte da política internacional se mova em meias verdades?
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guerra,
politica internacional
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Fragmentação social
Tudo parece fragmentado, as sociedades, as
famílias, os indivíduos.. Fragmentos que em muitos casos parecem já desintegrações.
Não sabemos bem quem somos, onde pertencemos, pelo que lutamos, que bandeias erguer...
Como lidar com a diversidade e o pluralismo cultural, sem cair ou no mais absoluto
relativismo ou em sentido contrário no mais absoluto fundamentalismo?
Etiquetas:
fragmentação social,
pluralismo cultural
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
O uso da burqa
O uso da burqa é proibido em França, na Bélgica e acaba de ser proibido num cantão suíço. Ainda bem, sou absolutamente contra o seu uso. Pode haver muitas razões, e haverá, das religiosas às culturais, mas atenta a uma característica fundamental do humano: a inter-relação com o outro, o olhar o rosto, face a face, na proximidade ética com alguém, onde a liberdade individual e o respeito mútuo ocupam o primeiro plano.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Ainda, o terrorismo em Paris
O problema parece não ter solução à vista, por mais coligações, bombardeamentos, operações policiais, prisões... , não se mudam as convicções e os comportamentos das pessoas, os ditos e não ditos das culturas de uma hora para a outra, não se mudam as mentalidades do pé para a mão, é preciso tempo, reconhecimento, educação, igualdade de oportunidades...É preciso interação.
Há tantos muros invisíveis e reais em S. Denis e de noutros bairros que sem a denominação de guetos mais não são do que isso. Alastra a incomunicação, adivinhamos o futuro.
Há tantos muros invisíveis e reais em S. Denis e de noutros bairros que sem a denominação de guetos mais não são do que isso. Alastra a incomunicação, adivinhamos o futuro.
domingo, 22 de novembro de 2015
Terror em Paris, e em todo o lado
Já
escrevi tantas vezes sobre o terrorismo que quase resisto a fazê-lo de novo. Mas
luto, lutamos todos, para que as cenas que vemos não se tornem banais, não se tornem algo
que nos passa simplesmente ao lado, ou pior, algo que pensamos que só acontece aos
outros. Vivo numa terra onde mais de setenta por cento das suas casas pertencem
a pessoas de cá, que também são de lá, e que vivem na região de Paris, a primeira geração há mais de cinquenta anos. Há
notícias de alguém daqui que meia hora antes tinha passado numa das ruas onde
rebentaram bombas e houve mortes. Pode lá ser mais próximo o problema do
terrorismo! Não pode.
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fundamentalismo religioso,
terrorismo,
violência
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