Guerra colonial (1961-1974)
Não era uma guerra dos bons contra os maus, da ordem colonial contra o terror; era uma guerra injusta e sangrenta, como todas as guerras.
Do lado dos movimentos de libertação, com a legitimidade moral de quem reivindicava o direito a existir e a decidir do futuro, sem estar sujeito ao domínio branco.
Do lado das tropas portuguesas, com a legalidade duvidosa, como acontece quando se vive em ditadura e o regime cultiva esse estranho sentido de cumprimento de um «dever», de amor à pátria, na defesa da unidade do império português.
- Não se questiona Deus, a pátria...- dizia o ditador Salazar.