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quinta-feira, 26 de novembro de 2015
O uso da burqa
O uso da burqa é proibido em França, na Bélgica e acaba de ser proibido num cantão suíço. Ainda bem, sou absolutamente contra o seu uso. Pode haver muitas razões, e haverá, das religiosas às culturais, mas atenta a uma característica fundamental do humano: a inter-relação com o outro, o olhar o rosto, face a face, na proximidade ética com alguém, onde a liberdade individual e o respeito mútuo ocupam o primeiro plano.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
Ainda, o terrorismo em Paris
O problema parece não ter solução à vista, por mais coligações, bombardeamentos, operações policiais, prisões... , não se mudam as convicções e os comportamentos das pessoas, os ditos e não ditos das culturas de uma hora para a outra, não se mudam as mentalidades do pé para a mão, é preciso tempo, reconhecimento, educação, igualdade de oportunidades...É preciso interação.
Há tantos muros invisíveis e reais em S. Denis e de noutros bairros que sem a denominação de guetos mais não são do que isso. Alastra a incomunicação, adivinhamos o futuro.
Há tantos muros invisíveis e reais em S. Denis e de noutros bairros que sem a denominação de guetos mais não são do que isso. Alastra a incomunicação, adivinhamos o futuro.
domingo, 22 de novembro de 2015
Terror em Paris, e em todo o lado
Já
escrevi tantas vezes sobre o terrorismo que quase resisto a fazê-lo de novo. Mas
luto, lutamos todos, para que as cenas que vemos não se tornem banais, não se tornem algo
que nos passa simplesmente ao lado, ou pior, algo que pensamos que só acontece aos
outros. Vivo numa terra onde mais de setenta por cento das suas casas pertencem
a pessoas de cá, que também são de lá, e que vivem na região de Paris, a primeira geração há mais de cinquenta anos. Há
notícias de alguém daqui que meia hora antes tinha passado numa das ruas onde
rebentaram bombas e houve mortes. Pode lá ser mais próximo o problema do
terrorismo! Não pode.
Etiquetas:
fundamentalismo religioso,
terrorismo,
violência
terça-feira, 10 de novembro de 2015
Novo blogue
Vou passar a escrever com regularidade num novo blogue: vidasquotidianas.blogspot.com, aos que me quiserem seguir o meu agradecimento
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
Ralf Badawi, prémio Sakarov
O Conselho Europeu atribuiu ontem o prémio Sakarov a Ralf Badawi, o cidadão saudita preso e chicoteado, até ao inimaginável, 1000 chicotadas, por ter um blog onde pensou que podia escrever livremente. Pura hipocrisia, pura demência, no reino de seiks que traficam droga, que traficam armas, que apoiam terroristas e o que mais seja e não reconhecem o direito natural que cada ser humano tem de usar o seu pensamento, a sua consciência, a sua liberdade.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
Hospitalidade e direitos humanos
Quando o acolhimento é uma urgência, quando os refugiados caminham aos milhares, não é tempo de pensar em reciprocidades: o que é que eu vou ganhar das instituições europeias? O que posso exigir...? Não é tempo de jogos de interesses. A hospitalidade ou é desinteressada ou não é verdadeiramente. Se nos batem à porta, só cada um pode responder. Ninguém responde por ninguém. Posso dizer: entre, sente-se, conte-me...; ou dizer: não tenho tempo, não posso, não vou abrir, vá bater à porta do meu vizinho...
Cada
pessoa cumprirá a sua humanidade, na medida em que for capaz de romper com a
reciprocidade eu-tu e de instaurar uma outra ordem: eu para o outro; eu para todos os outros. Percebemos, assim, como
as noções de liberdade e de igualdade, presentes na fundamentação dos direitos
humanos, dão lugar à responsabilidade por outrem e à justiça no sentido do
rosto (em Lévinas).
Etiquetas:
hospitalidade,
refugiados,
responsabilidade
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Pela vida de Luaty Beirão (2)
Sei tão pouco sobre psicologia, motivações, sentimentos..., que muitas vezes por ignorância esqueço a enorme importância que tem no comportamento humano. Não é possível reduzir tudo à razão, à justificação racional, ao argumento formal... há muitas veredas e muitas pontes na mente humana. Ainda bem que é assim, espero que a carta de amor que a mulher lhe escreveu, em total desespero, faça o seu caminho.
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ditadura,
presos políticos,
repressão
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