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domingo, 22 de maio de 2011

Bin Laden, abatido

O símbolo do extremismo islâmico, e pelos vistos ainda operacional, apesar das limitações, foi morto. Quando todos pensavam que seria capturado numa daquelas grutas inóspitas do Afeganistão, surpresa das surpresas, é vizinho de um campo militar no Paquistão a umas dezenas de quilómetros da capital Islamabad. O desfecho parece-me previsível, era quase certo que, uma vez apanhado, seria abatido e o corpo atirado em alto mar, aqui não há surpresa, tudo estava preparado ao detalhe, há muito tempo. Compreende-se que assim tenha acontecido, dada a figura que era e o que ele representava, embora, em conformidade com as leis internacionais e contra pena de morte, devesse ter sido capturado, preso e julgado.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Verdade, mentira ou o mais

A propósito de certas personagens, figuras e figurinhas...

"O pardal, ao ver o pavão com uma cauda tão pesada, tem pena dele"  (Tagore)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sociedades plurais

Ouvimos muitas vezes dizer: “estamos numa grande crise de valores”, “há uma tal diversidade de valores, que tudo parece valer, e isso assusta”. Bem, mas temos de escolher: ou fugimos assustados, entramos em casa e fechamos portas e janelas; ou abrimos a porta e convidamos a entrar. A alternativa não é criar caminhos separados, é, com toda a certeza, ouvirmo-nos uns e outros, partilhar ideias e  estabelecer consensos.

A questão não é a diversidade de valores; a questão  é a dificuldade em encontrar um conjunto de valores comuns que todos estejam dispostos a aceitar – a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aceite por praticamente todos os países, seria um bom ponto de partida   para podermos construir compromissos .

segunda-feira, 2 de maio de 2011

1º de Maio

No  1º de Maio, há coisas que sempre me emocionam, sobretudo,  ver aquelas pessoas, já de idade, muitas delas, que ali estão por convicção profunda em ideologias já velhas e gastas que nunca chegaram a ser "manhãs que cantam" .  Mas, as crenças, ideologias incluídas, dão  sentido, razões, apontam caminhos, preenchem... e isso não é pouco. Vivam  as ideologias, desde que não alienem as consciências.

sábado, 30 de abril de 2011

Liberdades e direitos

Assistimos muitas vezes a discussões absolutamente estéreis. Discutia-se a importância e a prioridade das liberdades civis e políticas face à justiça e aos direitos sociais, citando Rawls, etc., etc.
A realidade mostra que esta discussão não faz o menor sentido, pois, não chega ter liberdade para poder pensar, comunicar, reunir, votar.... e não ter trabalho, passar fome, não ter dinheiro para comer, ir à escola, etc.? É tão evidente que as liberdades e os direitos económicos e sociais têm um carácter sistémico, que o que há a discutir é a sua interdependência e a sua complementaridade.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Síria, continua o disfarce

Continua o disfarce e a prepotência também. Entretanto, um ministro, ou alguém similar, vem dizer que não precisam de um inquérito internacional ao que aconteceu nas ruas, que eles mesmos vão fazer um inquérito rigoroso para saber quem mandou os tanques para as ruas, atacar com fogo real e matar centenas de manifestantes. Hipocrisia, propaganda, uma forma de ganhar tempo. Quem é que acredita nesse inquérito?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tagore

Rabindranath Tagore (1861-1941), poeta indiano, prémio Nobel da literatura em 1913, escreve sobre a cultura e a paz universais,  a partir do concreto, apelando ao infinito que povoa a mais simples das coisas ou das situações.  Deixo um dos seus aforismos:
"Se de noite chorares pelo sol, não verás as estrelas" ( in " Coração da Primavera, p.130).

... se cada um pudesse dar valor e desfrutar do que tem, rentabilizando ao máximo  aquilo de que pode dispor,  talvez  entendesse que há sempre alternativas.