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domingo, 13 de dezembro de 2009
A propósito da Cimeira de Copenhaga
Um deles é o da tão falada cidadania global, dando a entender que todos somos cidadãos do mundo. Não é exacto, como sabemos, há muita gente fora dessa globalização, desde logo, todos os que vivem abaixo de um determinado nível de desenvolvimento e sem igualdade de oportunidades, quer vivam em países subdesenvolvidos quer vivam nas margens do mundo rico, onde o crescente aumento do desemprego veio pôr a nu muitas fragilidades.
É preciso tirar as devidas consequências, saber que não há cidadania global sem resolver a questão da justiça e do desenvolvimento; sem levar a sério a solidariedade e a interdependência entre todas as pessoas e todos os povos, vivam na nossa rua ou num qualquer lugar do globo, isso passa por criar relações de simetria e de apoio mútuo, onde todos ocupem o centro. Estamos longe, muito longe, mesmo.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Minaretes nas mesquitas
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Dia Internacional dos Direitos Humanos
Não é tudo possível!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
O terror que não pára
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Casas à venda (6)
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Os desertores (4)
Não percebia por que jovens de dezassete, dezoito anos, alguns até menos, também fugiam a "salto", para França. Ficavam desertores, não podiam regressar, senão seriam presos. Mas que mal teriam feito? Por que tinham de deixar o país, de sair assim de junto das famílias?
Agora sei. Fugiam à guerra, à guerra colonial, de uma guerra de que eu nada sabia e talvez eles e as suas famílias também não, a não ser que lhes podia roubar a vida. Por causa da guerra de África, muitos pais ficaram anos a fio, décadas, sem ver os seus filhos. Só quando acabou a ditadura puderam regressar de novo. Mas alguns, sem apoio familiar, nessa grande Paris, mais ou menos perdidos nas encruzilhadas da vida (sim, porque sempre a má sorte bate à porta de alguém) acabaram por não voltar mais. Aos que chegavam, a pergunta era invariavelmente a mesma: - Viu por lá o meu filho? – Não o vi, mas sei que está bem. Estive com alguém que o viu.
E o coração daquela mãe, ou daquele pai, sossegava um pouco.