Onde há vontade há um caminho.
Prov. Americano
(Espero sinceramente que por vontade dos eleitores, Trump não ganhe).
Onde há vontade há um caminho.
Prov. Americano
(Espero sinceramente que por vontade dos eleitores, Trump não ganhe).
Não dês o peixe, ensina a pescar.
Prov. Chinês
Parece óbvio, pois quem sabe
pescar, se tiver condições e vontade, pesca. É isto educar: dar ferramentas,
conhecimentos, desenvolver capacidades e tornar possível determinadas atitudes
e comportamentos.
Mas é mais que isso, educar é
também um modelo de desenvolvimento, por exemplo, os países do 3º mundo só se
desenvolverão de forma sustentada se “forem ensinados a pescar” se
desenvolverem as suas capacidades e os seus conhecimentos, se aliarem de forma
consistente o saber, a técnica e os recursos naturais. Na educação está a chave
para o desenvolvimento e a justiça global.
Não era só um mal banal, era também um mal invisível.
Por um qualquer mecanismo, talvez, por instinto de sobrevivência, era como se aquela maldade se tornasse invisível. Forma de cada um suportar o quotidiano e poder continuar, continuar…; agindo como se estivessem anestesiados, sem compaixão, sem humanidade, sem responsabilidade...
Uma invisibilidade do mal, como se tudo se passasse num tempo enevoado, numa penumbra, onde ninguém via ou pensava em nada, mesmo que fossem horrores de uma dimensão absurda.
- A culpa coletiva (não individual): como pode, nesta engrenagem, haver responsabilidade individual?
Eichmann, apenas, assegurava o transporte dos judeus europeus, para os
campos de concentração, Auschwitz e outros, não era responsável pela seleção, pelo
fuzilamento, pelo gaseamento, pelos fornos, pelas valas comuns...
Em relação à ausência de culpa individual e à ausência da voz da
consciência, o mesmo argumento: a humanidade tem liberdade de agir e deve
responsabilizar- se pelas consequências dos seus atos.
As teorias que tendem a explicar o nazismo, expressas no tribunal de Jerusalém, são três: a peça na engrenagem, a culpa coletiva e a voz da consciência.
- A peça na engrenagem: Eichmann, como outros, era um zeloso funcionário, cumpridor
eficiente de ordens superiores. Obedecia a ordens, nunca agiu por iniciativa
própria, ora, a obediência é uma virtude.
Não sendo um líder nazi, este homem
normal, podia ter sido substituído por outro qualquer cidadão alemão, igualmente
zeloso e cumpridor, e aquela máquina de morte continuaria exatamente a
funcionar da mesma maneira, com departamentos, hierarquias, cadeias de comando,
do partido e do governo….
Peças desumanizadas, como se não vissem, não pensassem e não sentissem.
cada um, a querer agradar ao superior, esperando uma eventual promoção
profissional.
Hannah Arendt fala da banalidade do mal, como algo inédito, que os nazis trazem à humanidade; uma maldade que não se questiona, que não leva a reações que nos pareceriam óbvias. Mesmo os que se opõem a Hitler, fazem-no por razões politicas e militares – a derrota da Alemanha é uma humilhação que não querem – e não por razões morais; não se opõem, porque se matam inocentemente milhões de pessoas, em frentes de guerra, em campos de concentração…
Na última sexta-feira, um professor francês foi morto, decapitado numa rua de Paris, com uma faca, por um radical islâmico, alegadamente por ter mostrado numa aula imagens do profeta Maomé. O caso foi tratado como terrorismo, o assassino perseguido e morto pela polícia.
O que é isto? Como é que uma crença religiosa pode levar a isto? Temos de encontrar
passagens, plataformas de diálogo; não podem existir culturas tão fechadas aos
valores das sociedades livres e democráticas onde vivem.-
Mudam os tempos, continuam os mesmos males: fome, peste e guerra.
A peste é hoje a
pandemia covid-19 que atinge todos, mas não da mesma maneira. Digam lá se é
igual ter coronavírus na Quinta do Ferro (zona degradada, no meio de Lisboa) ou
ter a mesma doença numa vivenda do Restelo (zona chique de Lisboa). Não é,
obviamente. A pandemia veio acentuar as desigualdades, mais de 100 mil
desempregados, muito mais gente a recorrer ao banco alimentar, à Cáritas e
outras organizações.