10 de Dezembro, passa mais um aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Muito caminho feito e muito ainda por fazer, é o que podemos dizer. Às vezes, descremos, sobretudo, quando, em tantas ocasiões, assistimos à inoperância
das instituições, às burocracias, aos trâmites legais, às dificuldades, quer se
trate de aprovar resoluções nas Nações Unidas, quer se trate de fazer chegar
ajuda humanitária de emergência a quem precisa. Nessa altura, é impossível não pensarmos se não haverá outro entendimento para os direitos
humanos, menos normativo, mais próximo e desinteressado.
Algo escapa, ao sistema jurídico e institucional
que conforma os direitos humanos que impede que vivamos, todos, mais como
irmãos do que como concidadãos; algo, da ordem da proximidade ética com o outro
que a formalidade das leis não fixa. É sobre este algo que a reflexão tem de incidir, sob pena de deixarmos que cada vez seja mais difícil responder a tempo e adequadamente.
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