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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Identidades

Não chega dizer: pertencemos todos à humanidade, temos uma razão e uma liberdade que ninguém pode pôr em causa; não chega dizer: “tu tens direitos, és um ser de direitos”, importa olhar o individuo na sua situação. Somos seres situados, há contextos que se tornam determinantes.
O que define o humano é muito mais a experiência religiosa, a pertença a uma cultura, a um povo, a um grupo. Não reconhecer isto, é cair em impasses ou dar respostas que não são solução para as questões dos refugiados, dos migrantes com que a Europa está confrontada

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A precariedade humana

Bastaria olhar as imagens, hoje, continuamente difundidas, de refugiados, chegando à Europa, por diferentes rotas, para nos darmos conta da violência e da precariedade humanas, para nos darmos conta de como é ténue a linha entre a liberdade e a repressão, entre a solidariedade e o pontapé, entre o acolhimento e a xenofobia..., mesmo em sociedades e países arautos da defesa incondicional dos direitos humanos.
Por isso, a atitude tem de ser de alerta, sabendo que o campo em que se cumpre ou nega a humanidade é muito estrito: é o campo da escolha ética; o campo da responsabilidade individual e coletiva, da autonomia e da justiça, sem interesses particulares, egoísmos ou jogos de poder.




quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Um ideal de vida boa, todos temos ou não?

Julgo que sim e isso é cultural. Na verdade, quando olhamos uma pessoa, por mais estranha e desconhecida que seja, em qualquer lugar da cidade ou do mundo, não vemos, à partida, um potencial agressor, mas, antes, uma pessoa com quem podemos estabelecer comunicação. Pensamos tratar-se de alguém com autonomia, significados de vida boa e valores morais e, por isso, se esboçamos um sorriso, dirigimos uma palavra ou um cumprimento, esperamos receber o mesmo e não que essa pessoa nos vire as costas ou atire pedras. 

terça-feira, 18 de outubro de 2016

O valor das culturas

A perspetiva multicultural assenta a sua argumentação no raciocino: aquilo que os indivíduos são (a sua identidade) é essencialmente cultural. Portanto, pensamos, vemos o mundo, vivemos, a partir de uma cultura. Nenhuma questão se colocaria, se as sociedades não fossem, e cada vez mais, multiculturais. Uma vez que o são, e as especificidades culturais são identitárias, não se pode ignorar o valor das culturas.    

sábado, 15 de outubro de 2016

Bob Dylan, Prémio Nobel da Literatura

Não o conheço bem, mas dizem que foi (é) um autor de causas, que escreveu sobre a paz, os direitos humanos, a justiça, a dignidade humana...; que escreveu letras de canções que são poemas de grande valor literário.
Por tudo isto, que colocou ao serviço, durante décadas, da consciência do mundo, merece o Prémio Nobel da Literatura. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Sabedoria, um provérbio

Disse-me, com olhar sério, como se soubesse bem do que falava:
- O diabo é tão cego que se mete na igreja.

(Claro, pode lá haver sítio pior, para o diabo se esconder). Percebi tudo o que me queria dizer. Já abri os olhos.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Haiti, a natureza não dá tréguas

Penso que os demónios se uniram para conspirar contra este povo. Em 2010, foi aquele violento terramoto que levou muitos milhares de pessoas e destruiu praticamente tudo. Agora, o furacão que deixou também um enorme rasto de destruição. Espero que as Nações Unidas cheguem com a ajuda necessária para que aqueles que já começaram a sofrer (e alguns a morrer) de cólera e outras doenças possam salvar as suas vidas.