Julgo que sim e isso é cultural. Na verdade, quando
olhamos uma pessoa, por mais estranha e desconhecida que seja, em qualquer
lugar da cidade ou do mundo, não vemos, à partida, um potencial agressor, mas,
antes, uma pessoa com quem podemos estabelecer comunicação. Pensamos tratar-se
de alguém com autonomia, significados de vida boa e valores morais e, por isso,
se esboçamos um sorriso, dirigimos uma palavra ou um cumprimento, esperamos
receber o mesmo e não que essa pessoa nos vire as costas ou atire pedras.