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segunda-feira, 14 de novembro de 2011
O massacre de Santa Cruz
Passaram, dia 12 de Novembro, vinte anos sobre o massacre no cemitério de Santa Cruz, Dili, Timor Leste, quando a tropa indonésia ataca as pessoas que assistiam a um funeral. Recordo o ataque, a desordem, uns a fugir para um lado outros para o outro, mas tenho gravado, sobretudo, a imagem de dois jovens, irmãos, junto a um dos muros no interior do cemitério, um é baleado e está a esvair-se em sangue e o outro sustém-o nos braços. O jovem acaba por morrer, aliás, quase assitimos ao último suspiro É trágico, ainda hoje.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Sete mil milhões de habitantes, na terra
A superpopulação de alguns lugares do mundo, sobretudo na Ásia, com a China e a Índia à cabeça, coloca preocupações à ONU e a outros organismos. Assusta o paradoxo, se compararmos esse facto com a Europa e o mundo ocidental, com um decréscimo populacional e um envelhecimento crescentes. Uma natalidade a ritmos tão desiguais parece anunciar mudanças demográficas e humanas inevitáveis a não muito longo prazo. E como sempre somos espectadores. Parece que ainda não pensámos verdadeiramente nos desafios que esta siutuação colocaao mundo globalizado em que vivemos.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Líbia, a sharia
O que significa a sharia, para o conselho de transição líbio que, ao declarar o pais livre, declarou também a sharia como lei fundamental do país? Significa, pelo menos, que a futura constituição líbia terá como fonte inspiradora a lei islâmica. O problema, dizem os moderados, não é a sharia, mas como se interpreta, há várias escolas, das mais integristas, como o caso do Irão e da Arábia Saudita, de tradição xiita, às mais moderadas, como o Egipto e a Turquia, de tradição sunita. Seja como for, para os valores ocidentais, parece um passo atrás, pelo menos no que respeita aos direitos das mulheres, com toda a certeza. E isso é preocupante.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Síria, a repressão continua
Nas ruas morre-se por erguer a voz contra o ditador instalado em Damasco; morre-se pela liberdade e os direitos civis mais elementares; morre-se por querer ser livre. A liberdade, o primeiro de todos os direitos, reprimida a ferro e fogo pelos que, ignorando tudo e todos, permanecem de olhos vendados ao movimento de libertação dos povos. Imparável, há muito tempo e que, finalmente, chegou ao mundo árabe.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
As imagens de Kadafhi
Temia que acontecesse o que vimos, brutalidade, espectáculo público, desnecessário, a meu ver. Pode, até, ser compreensível de vários pontos de vista, mas não do ponto de vista da lei internacional e da democracia. Os ditadores, todos, deviam ser capturados, presos e julgados. Devem ser confrontados com os seus actos e as suas cumplicidades. No caso presente, eram muitas e variadas, sabe-se, basta ver a longa lista de dirigentes que se deixaram fotografar a cumprimentar o ditador. Morto, como está convém a quase todos, é a política internacional e os seus interesses no seu melhor.
A Líbia, os direitos humanos
Organizações internacionais, a própria ONU, pediram já um inquérito à morte de Kadhafi. Para a civilização, para a construção de valores universais de justiça penal e de cidadania global, era importante que Kadhafi tivesse sido julgado pelo TPI (Tribunal Penal Internacional). O modo como os novos dirigentes líbios tratarem a questão dos direitos humanos dirá muito do que pretendem fazer e do futuro daquele povo. Temo que a referência, ontem, à sharia, lei muçulmana, traga fundamentalismos desnecessários. Outro abuso já evidente tem a ver com o modo como têm vindo a tratar muitos subsarianos, a quem acusam de mercenários de Kadhafi. .
Etiquetas:
democracia; democracia; direitos humanos
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Kadhafi, o fim
Eu que abomino ditadores, assassinos, e que já várias vezes aqui escrevi sobre Kadhafi, gostaria que o tivessem capturado e entregue ao TPI (Tribunal Penal Internacioal), para ser julgado e condenado, embora fosse quase certo que uma vez apanhado seria morto, é a psicologia humana a funcionar. O meu argumento é sempre o mesmo, mostrar a todos os ditadores do mundo que há leis e instituições internacionais que funcionam e punem quem merece e deve ser punido, que não estão a salvo, que há forma de os responsabilizar.
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