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sábado, 30 de abril de 2011

Liberdades e direitos

Assistimos muitas vezes a discussões absolutamente estéreis. Discutia-se a importância e a prioridade das liberdades civis e políticas face à justiça e aos direitos sociais, citando Rawls, etc., etc.
A realidade mostra que esta discussão não faz o menor sentido, pois, não chega ter liberdade para poder pensar, comunicar, reunir, votar.... e não ter trabalho, passar fome, não ter dinheiro para comer, ir à escola, etc.? É tão evidente que as liberdades e os direitos económicos e sociais têm um carácter sistémico, que o que há a discutir é a sua interdependência e a sua complementaridade.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Síria, continua o disfarce

Continua o disfarce e a prepotência também. Entretanto, um ministro, ou alguém similar, vem dizer que não precisam de um inquérito internacional ao que aconteceu nas ruas, que eles mesmos vão fazer um inquérito rigoroso para saber quem mandou os tanques para as ruas, atacar com fogo real e matar centenas de manifestantes. Hipocrisia, propaganda, uma forma de ganhar tempo. Quem é que acredita nesse inquérito?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Descaramento

"Estou aqui a dar o meu melhor", ouvimos um tal senhor dizer. O pior é que o seu melhor, afinal, foi (é) muito pouco. Deixaram chegar o país a isto e querem-nos fazer crer que nada têm a ver com o assunto, que se podem propor de novo a eleições e ser eleitos para representar o povo. Claro que podem, como não, o voto é livre, mas estou em crer que as pessoas não dormem.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Líbia, os rebeldes

Os rebeldes líbios que aparecem nas televisões são o exemplo acabado da desorganização, da impossibilidade de eficácia, apesar da vontade, da justeza da revolta e de tudo o mais, mesmo com os bombardeamentos da Nato. Temo que, passada esta fase, se o regime não cair, os sobreviventes destes homens, sejam fuzilados um a um e exibidos como troféu. É impossível que a Nato não tenha um plano sequente aos ataques aéreos. Parece que a única saída é o regime cair por dentro, o ministro dos negócios estrangeiros, que deixou Kadafi e pediu asilo político na Grâ-Bretanha, é um bom indício.

quinta-feira, 24 de março de 2011

E um dia, a democracia bateu à porta

Estavam ali reunidos para discutirem como deveria ser a organização desse país novo, onde tudo poderia funcionar bem ou mal, conforme as decisões que tomassem. O futuro dependia deles e isso era muita responsabilidade, mas também uma grande alegria e uma enorme confiança, todos juntos poderiam construir um país diferente.
Decidiriam que não haveria mais reis nem rainhas, nem príncipes nem princesas a quem o povo iria beijar a mão e pagar tributo, reverenciar como se fossem deuses. Não haveria mais chefes sagrados, indiscutíveis, a quem o poder caia do céu ou era herdado, como se fossem pessoas predestinadas. Como podia isso ser! Um  príncipe herdeiro que participava,  um jovem moderno, viajado, que dominava línguas, saberes, tecnologias e não só (desconfiavasse que tinha outros valores), tomou a palavra para anunciar: "Não sucederei ao meu pai, não serei rei, a minha vontade vale tanto como a de todos os outros".  Agora, sim, tudo seria mais fácil, a democacia podia bater à porta e entrar.

terça-feira, 8 de março de 2011

Líbia, continua o delírio

Então não é que o Coronel quer reunir com a oposição, no Parlamento, para uma saída negociada! E enquanto isso manda bombardear as cidades. Quer garantias, para si e para a sua família, de que nada de mal lhes vai acontecer. É irónico, no mínimo!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Kadafi, maldade ou loucura?

Aquela 1ª declaração de Kadafi, dentro de um automóvel, com um chapéu de chuva aberto, à chuva, é surreal. Mas a segunda, frente ao palácio bombardeado nos anos oitenta pelos americanos é ainda pior. Parece louco, está louco. Pergunto:  aquele povo pode estar sujeito a isto?  A comunidade internacional pode estar sujueta a isto? Não há nenhuma dúvida de que ele vai massacrar até ao fim, morra quem morrer, ninguém está a salvo, espero que o resgate de estrangeiros não tenha problemas graves, já se viu que  o grande líder está disposto a tudo. Grande líder de quê? Dos infernos, talvez!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Líbia, será o fim daquele regime?

A Europa reune, está atenta, mostra preocupações, divide-se entre a estratégia e os interesses com Kadafi  e a defesa intransigente da democracia e dos direitos humanos. O mesmo na América, Clinton mais diplomata, Obama mais direitos,  mais liberdades... Todos tememos o pior, haverá um alto preço a pagar, mas era tão importante que a revolução ganhasse, que os ditadores, todos os ditadores, desde os que se julgam mais ou menos deuses, aos  que se julgam indispensáveis, duma vez por todas, deixassem o povo determinar o seu futuro!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Repressão na Líbia, já anunciada

O grande chefe já veio dizer que terá tolerância zero com quem se manifestar nas ruas de Tripoli. Não duvido,  Todos sabemos do que é capaz, mas chega uma hora, quando a desesperança é absoluta, que nada há  a perder, ou melhor há tudo a perder, atinge-se um ponto de não retorno.  Ver estes ditadores manobrarem, corromperem, comportarem-se como donos  dos países, dos povos e até das consciências, é uma infâmia. Bravos manifestantes que lutam nas ruas!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Egipto, a desejada democracia

Mubarak cedeu e saiu de cena. Já não era em tempo, há muito que o devia ter feito. É a velha história do poder e de quem o exerce, para alguns (ditadores) não há limites. A festa foi grande nas ruas, mas a esperança e as expectativas são ainda maiores. O povo quer tudo a que tem direito, e já. Não é possível. É preciso uma nova constituição, eleições livres e justas, instituições democráticas, liberdades civis e politicas, direitos sociais e económicos, o respeito intransigente  pelos direitos humanos, A lição do Egipto que outros países árabes seguirão tem de ser um exemplo, há muitos perigos à espreita.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Mortos e feridos, no Cairo

O mundo assiste  estupefacto. Por momentos, acreditámos que aquele movimento podia conduzir o povo a uma revolução pacífica,  envolvente,  sem exclusões, tiros e mortes. Mas não aconteceu. Mubarak que não sai,  um grupo pró, instruído ou não pelo regime, irrompe na praça e agride, confronta, assusta... Nada é já previsível. Tristes ditadores!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A campanha eleitoral

Parece grande o desinteresse pelas eleições  presidenciais, apesar da crise, da dramatização e  de algum folclore, até. Votar é um direito e um dever de cidadania, ouvimos isto repetidamente.  Não é uma obrigação no sentido legal, cada um saberá o que fazer ou seja a questão é de consciência cívica individual. 

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nas ruas de Tunes

Há  uma emoção que tomou conta das ruas e da gente, há pessoas de lágrimas nos olhos, jovens que abraçam polícias, mulheres e homens que falam, reivindicam,  exprimem ideias, sentimentos...  Quando assim é, que mais há a dizer? Esperar, apenas, que os novos dirigentes não defraudem, mais uma vez, o povo.

domingo, 19 de dezembro de 2010

O poder, na Costa do Marfim

Difícil é a democracia, difícil é o respeito pela vontade do povo, expresso em eleições, por parte do actual chefe do poder e seus acólitos. Mas não há outra saída, quem perdeu deve ir para a oposição e continuar o seu trabalho político, aprendendo a viver com regras e instituições democráticas. Por que é que isto é tão difícil em África e noutros lados? O que vai na cabeça daqueles que aceitam o jogo democrático e depois não querem sair de cena? São Interesses? Claro que são interesses, para não dizer outra coisa, mas a comunidade internacional tem de ser intransigente, sob pena de deitarmos por terra a ténue esperança de um desenvolvimento justo destes países, de que a Costa do Marfim é mais um triste exemplo. O Secretário Geral da ONU já o afirmou com clareza, não podemos brincar às democracias.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Terror e morte em Bombaim

Os ataques da última quarta-feira na cidade indiana de Bombaim a alvos seleccionados, relacionados com interesses ou a presença de ocidentais - grandes hotéis - fazem pensar no dedo da rede terrorista Al-qaeda . Afinal, pouco ou nada se avançou no cambate ao terrorismo. Estamos no mesmo ponto.
Muitos discutem se isto é ou não um choque de civilizações? Talvez não seja, mas é de certo um choque entre a liberdade e o fanatismo, entre a razão e a crença, entre valores culturais muito distintos. Seja como for, há já rupturas visíveis, basta visitar países árabes, mesmo os ocidentalizados, como Marrocos, Tunísia e Egipto, para se perceber que há dois mundos de costas voltadas. A questão é esta: ou continuamos assim e, então, a tendência é para agudizar o problema, ou procuramos a proximidade do face a face, deixando que o sentir e o existir humanos tornem possível o encontro. Como Lévinas podia ajudar, a uns e a outros, a perceber a questão da violência! (Que livros lerão estes senhores que planeam e executam estes ataques? Que referências terão? Quem deixarão esperando em casa?)

terça-feira, 17 de junho de 2008

Que valor tem o referendo europeu?

Não percebo nada de economia, e, portanto, a minha desconfiança pode ser só ignorância. A economia tornou-se nos tempos que correm algo de "sagrado", com os seus gurus a analisar, a dizer, a prever (às vezes muito mal, por certo). Em nome dela, por ela, se governa o mundo, se fazem escolhas, decisões, etc. e até se põe em causa a democracia.
Mas, por favor, não enganem o povo, se acham que o Tratado de Lisboa - como já antes a Constituição que quiseram fazer aprovar - é algo decisivo para a Europa, para o futuro de todos nós, e já viram que muitos europeus, quando expressam o seu voto, não pensam assim, porque consultam o povo, apenas para cumprir formalidades democráticas ou para procederem democraticamente, cumprindo escrupulosamente os resultados? Basta um raciocínio simples: era necessário que a Irlanda aprovasse o Tratado, não aprovou, logo, não há Tratado. Mas à lógica, impõem-se os interesses da "alta política", o que antes era, hoje já não é, e siga o processo. Que bela democracia a destes senhores da Europa!