Em 6 de Julho de 1942, a família FranK, o pai Otto, a mãe
Edith, as filhas Anne e Margot, “mergulha” na clandestinidade, uma semana mais
tarde junta-se a família Van Pels, pai, mãe e filho, e pouco depois o senhor
Fritz, amigo da família Frank. São todos alemães, fugiram para a Holanda, mas
não estão a salvo. A perseguição aos judeus não tem limites, chegou aqui também.
Estas oito pessoas passam a viver naquilo a que Anne, no seu diário, chama o “anexo”, ajudadas por quatro colaboradores. Não
é uma casa pequena separada da casa principal, como estaríamos à espera. O
anexo é a parte de cima da casa onde o pai tinha as suas empresas, com a fachada da frente virada para um dos canais de Amesterdão. O anexo é a parte de trás, ocupando dois andares e o sótão virados para as traseiras da casa, espaço que serviu, até então, para depósito/armazém das especiarias e outros produtos transformados nas empresas, com janelas pintadas de preto, para que a luz não os deteriorasse. O depósito/o anexo estava
separado do resto da casa por uma porta disfarçada de estante (está como na época) para não levantar suspeitas.
Permanecem neste refúgio, muito exíguo, mas onde conseguem ter um quotidiano "quase normal", lêem, escutam a rádio, alegram-se com o avanço dos Aliados nas costas da Normandia, exasperam com as notícias sobre as câmaras de gás e os campos de concentração... Sobrevivem, sobrevivem..., esperam o fim da guerra. Mas, a 4 de Agosto de 1944, dois anos e
um mês depois, são presos e levados para diferentes campos de concentração. Anne e a irmã morrem em Bergen-Belsen, na Alemanha, de tifo, a mãe morre em
Auschwitz; o pai, que também foi levado para aí, foi o único dos oito refugiados que sobreviveu. Depois
da guerra, em 3 de Junho de 1945, regressa a Amesterdão, sabe, então, da morte
da mulher e das filhas. Miep, uma das colaboradoras, entrega-lhe o diário de
Anne.
Sem comentários:
Enviar um comentário