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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Difícil despedida

Dois sujeitos, encostados a um muro alto, abraçados, choram, comovidamente. É noite. Parece que tinha acontecido uma despedida pouco tempo antes. Por que choram? Que sentimentos ou ilusões cairam por terra? Que expectativas e promessas ficarão por cumprir? Talvez esteja tudo cumprido, e se trate apenas de dois seres humanos unidos por um fortíssimo laço de amizade ou seja que sentimento for. Não sei, mas o momento a que assistimos é verdadeiro, não há máscaras, não há teatro. Ainda que a cena que corre mundo seja teatral e intensa.
Quando se separam, um continua imóvel e o outro, com aspecto transtornado, desce a rua e entra num carro. Dizem que se chama Mourinho, treinador de futebol, implacável, frio, calculista, racional ..... Mas, então, não é ele, ou será? Somos tanta coisa ao mesmo tempo, por que não pode Mourinho desmoronar, chorar, ser sensível, imprevisível ... Pode, claro.

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