Pesquisar neste blogue

quinta-feira, 25 de maio de 2023

Sessão de autógrafos - Feira do Livro de Lisboa

Convido a todos à sessão de autõgrafos do meu livro no dia 29 de maio, às 19h.

sábado, 20 de maio de 2023

Quando as instituições desmoronam...

João Galamba é o responsável político pela balbúrdia (a cena de pancadaria é do outro mundo) que houve e continua a haver no Ministério das Infraestruturas. É triste vermos a ligeireza e a falta de bom senso com que são tratados os assuntos no seu Gabinete (omitem, contradizem-se, arranjam desculpas, ultrapassam deveres...), como se não tivessem regras claras de funcionamento. Então, não há arquivo, nem sobre dossiers importantes como o da TAP? Mesmo que não existisse, passados mais de quatro meses desta nova equipa (10 elementos, só no gabinete do ministro) ainda não houve tempo de fazer esse arquivo? Um ministério é uma instituição do Estado; e uma instituição é por natureza algo instituído, com estatutos, organização, normativos e arquivos sobre o trabalho realizado. É isso que lhe confere uma identidade e uma continuidade para lá de quem temporariamente ocupa cargos. João Galamba (Foto: Expresso)

segunda-feira, 15 de maio de 2023

A favor de uma atitude filosófica

Vou aqui defender a filosofia (o que em mim não é raro, diga-se). Noto, às vezes, em certas áreas ou contextos, quer das ciências da educação, quer da educação em geral, aquilo a que vou chamar de um certo “preconceito filosófico”, um certo desconfiar, que nunca é explicitado, por quem o exibe, como se a filosofia fosse uma coisa à parte e o questionar fosse algo que incomoda, em vez de ajudar a esclarecer. Parece, até, nalguns casos, que a opinião mais subjetiva vale mais do que um argumento elaborado que todos possam discutir. Tal é injustificado, pois, a filosofia não é nada de transcendente, ao contrário, é algo que todos podemos exercer, usando simplesmente a razão. Se formos curiosos, interrogativos, reflexivos e críticos, todos podemos ter uma atitude filosófica. É disto que se trata, tão só. Não se trata de ser filósofos, que só muito poucos são, nem sequer estudiosos da filosofia, que só alguns (também, poucos) querem ser. Trata-se de pensar, levantar questões, seguir e contrapor argumentos, fazer análises, críticas e comentários…, ser capaz de compreender, de concordar ou de discordar do que se expõe e discute do ponto de vista racional. As ideias, os conceitos, os raciocínios…, não são menos “reais” que os factos que observamos e descrevemos. O que aqui está em causa,, é a capacidade de compreensão, para lá da descrição ou da explicação simples.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

António Guterres: recebe Prémio Europeu Carlos V

Guterres é Secretário Geral da ONU. No discurso, falou da guerra na Ucrânia, no Sudão e em outros países do mundo, onde se sucedem conflitos armados, contra os valores universais, consagrados na Carta das Nações Unidas e no direito internacional. Falou de direitos humanos, paz, desenvolvimento, igualdade, solidariedade, ambiente… e também de relações multilaterais entre países e da necessidade de um novo Contrato Social. Em relação ao prémio (30 mil euros), disse que o ia dividir entre o ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) e bolsas para jovens que queiram fazer estudos avançados em direitos humanos. É assim, Guterres! Insuperável!

sexta-feira, 5 de maio de 2023

O desnorte de António Costa

Assistimos ao descalabro do governo e custa a crer no que vemos. Não é o grau zero da política, são muitos pontos abaixo: as mentiras, os esquemas, as afrontas, o completo desgoverno em áreas essenciais…, e tanta gente a passar mal, e tanta gente sem saber como vai pagar as contas. Mas, que importa isso! Contudo, temos de dizer que não são todos iguais, há no governo pessoas sérias, ainda que, varridas pela onda, digam, desdigam, voltam a dizer... Até quando, não se sabe, porque o Presidente da República que, neste momento não tinha outra opção, já avisou o passo seguinte, se tudo continuar como até aqui.

domingo, 30 de abril de 2023

Que abandono é este!

No espaço de uma semana, são encontradas mortas em casa , na zona de Lisboa, três pessoas. Duas, em Linda-a-Velha, onde uma senhora viveu com o cadáver do pai, mumificado, durante quinze anos. Só agora depois da sua morte, quando o cheiro se tornou insuportável, apareceram as denúncias dos vizinhos e chegaram as autoridades. Uma, em Mem-Martins, onde um homem vivia sozinho, depois da morte dos pais. Morre-se, assim, sem família, com doença física e mental, sem capacidade, sequer, de pedir ajuda, na maior solidão! Por que é que os serviços sociais, em primeiro lugar, os da Junta de Freguesia, não têm sinalizados estes casos? A GNR, nas zonas rurais, faz regularmente censos aos idosos, para saber quem são, onde vivem, o que precisam e lhes dar o apoio e o encaminhamento devidos. Então, a polícia, nos centros urbanos, não sabe de nada? Não podia haver um censo também sobre os idosos e outras pessoas em igual situação que vivem em prédios cheios de gente, mas é como se não houvesse lá ninguém?

terça-feira, 25 de abril de 2023

25 de Abril – a revolução dos cravos

Hoje, haverá cravos, nos arranjos da sessão solene da Assembleia da República, na lapela e nas mãos de governantes, ministros, deputados, convidados e povo em geral. A história dos cravos: os donos de um restaurante, na rua Braancamp, para festejar um ano de negócio bem sucedido, mandaram comprar cravos. Quando os empregados chegam para trabalhar, é lhes dito que não vão abrir, mas que, para os cravos não murcharem, passem pelo armazém e cada um leve um ramo de cravos. Celeste Caeiro, uma das empregadas, ao regressar a casa, no Chiado, deparasse com a revolução. Um soldado pede-lhe um cigarro; ela diz-lhe que não tem, mas que lhe pode dar um cravo; ele aceitou e colocou-o no cano da espingarda; depois, distribuiu todos os cravos que tinha pelos soldados. Passado pouco tempo, apareceram outras pessoas a distribuir cravos, muitos cravos! Foi assim, por acaso. Mas foi bonito. É bonito! O cravo da revolução (Foto: Vogue)