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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Cimeira do clima das Nações Unidas – COP25



Há vinte cinco anos que se realizam, em diferentes cidades do mundo, conferências sobre o clima. Apesar disso, chegámos a um ponto que é já de emergência, com os efeitos das alterações climáticas sempre piores do que se tinha previsto. Ou seja, pode mesmo acontecer que um dia seja tarde de mais; é isto que os Estados Unidos, o Brasil, a China… parecem não entender.



terça-feira, 10 de dezembro de 2019

10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos



No dia 10 de dezembro de 1948, foi proclamada, em Paris, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento fundador que reconhece a todos os seres humanos a mesma dignidade e os mesmos direitos.
 Passaram 71 anos e, apesar do caminho feito, todos os dias surgem violações, atropelos e discriminações. O ponto é de contínuo estado de alerta, a este nível,  nada está adquirido, como sabemos.
Em Portugal, quero lembrar os sem abrigo, as vítimas de violência doméstica, as condições de desamparo em que vivem muitos idosos…; quero lembrar também os voluntários e as associações  que incansavelmente trabalham nesta área dos direitos humanos.  

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Greta Thunberg (2)


Estive a ouvir com atenção o discurso de Greta Thunberg na sua chegada a Lisboa; interessa-me sobretudo perceber a questão da instrumentalização de que possa ser vítima.

Dois pontos me parecem relevantes: primeiro, o discurso é muito articulado, fala sem qualquer tipo de dificuldades sobre os temas das alterações climáticas, colocando ênfase no que dizem os cientistas e na ação dos políticos; segundo, não parece aceitável que uma jovem de dezasseis anos não frequente a escola e não tenha a estabilidade familiar, social…, de que precisa para a sua vida.

Também, há nela radicalismos que não levam a lado nenhum, porque, embora a realidade nos esmague, não temos outra. Precisávamos voltar a uma vida simples, sem aviões, plásticos, emissões de carbono…, mas isso só será possível, encontrando pontos de equilíbrio.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Greta Thunberg (1)

Foto: TVI24

 É recebida em Lisboa com se fosse uma estrela. É uma estrela, pelo que já fez e continua a fazer a favor duma  consciência global dos perigos que atingem o planeta.
É recebida pelo presidente da câmara de Lisboa, pelo presidente da comissão do ambiente da Assembleia da República, por associações ambientais e por jovens portugueses ativistas que foram para a receber e também para afirmar envolvimento e compromissos que operem mudanças, para os problemas já conhecidos. Há muito que se sabe que não chegam discursos e belas intenções.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Joacine Katar Moreira: a desculpa da deputada

Foto: Partido Livre


É uma jovem de 37 anos, com licenciatura em história, mestrado e doutoramento, de quem esperávamos argumentos válidos, posições fundamentadas, responsabilidade e lucidez para levar a cabo o mandado de deputada que não a representa apenas a ela, mas ao programa do partido – Livre – e a todas as pessoas que votaram nele.
O que não fez, quando se absteve na votação contra a ocupação de Gaza por Israel. Dá como justificação a falta de orientação do partido e as dificuldades de contacto – o que é irónico, num tempo como o de hoje, em que todos andam com um ou mais telemóveis.
Mas o que me parece mais triste, aqui, é a desculpa, quase infantil: «não fui eu que parti o jarro, foi o meu irmão». Claro, que o partido tem de atuar.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

José Mário Branco (1942-2019)

José Mário Branco (Foto: Diário de Notícias)
Morreu ontem um homem  de luta pela liberdade, obrigado a exilar-se, porque foi objetor de consciência, um revolucionário de Abril, um ativista político, cívico, poeta, músico, cantor..., que incarnava como poucos  uma ideia de sociedade que, pouco a pouco, se foi esboroando. Viu-o, não há muito tempo, num concerto do fadista Camané e fiquei a pensar na força de uma consciência.

terça-feira, 12 de novembro de 2019

A mãe que deitou o filho no caixote do lixo

Foto: INEM 
Por mais que existam atenuantes, dramas vários, múltiplas rejeições..., na vida desta mãe, de 22 anos, sem-abrigo, que, depois do parto, ocorrido na rua,  sem  qualquer apoio,  colocou o filho num caixote do lixo, é inaceitável o que fez, pela desumanidade, por tudo...
Não descortino, por isso,  como se pode reduzir tudo ao plano social. Não descortino, como há quem  considere tratar-se apenas de um crime de  exposição ao abandono. É muito mais do que isso, obviamente, a não ser que se venha a provar que ela não tinha consciência do ato.
Por outro lado, também é incompreensível, como é que o Estado não consegue atuar, através das instituições e  das técnicas competentes, na ajuda atempada, a vidas miseráveis como esta.