O que significa a sharia, para o conselho de transição líbio que, ao declarar o pais livre, declarou também a sharia como lei fundamental do país? Significa, pelo menos, que a futura constituição líbia terá como fonte inspiradora a lei islâmica. O problema, dizem os moderados, não é a sharia, mas como se interpreta, há várias escolas, das mais integristas, como o caso do Irão e da Arábia Saudita, de tradição xiita, às mais moderadas, como o Egipto e a Turquia, de tradição sunita. Seja como for, para os valores ocidentais, parece um passo atrás, pelo menos no que respeita aos direitos das mulheres, com toda a certeza. E isso é preocupante.
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Síria, a repressão continua
Nas ruas morre-se por erguer a voz contra o ditador instalado em Damasco; morre-se pela liberdade e os direitos civis mais elementares; morre-se por querer ser livre. A liberdade, o primeiro de todos os direitos, reprimida a ferro e fogo pelos que, ignorando tudo e todos, permanecem de olhos vendados ao movimento de libertação dos povos. Imparável, há muito tempo e que, finalmente, chegou ao mundo árabe.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
As imagens de Kadafhi
Temia que acontecesse o que vimos, brutalidade, espectáculo público, desnecessário, a meu ver. Pode, até, ser compreensível de vários pontos de vista, mas não do ponto de vista da lei internacional e da democracia. Os ditadores, todos, deviam ser capturados, presos e julgados. Devem ser confrontados com os seus actos e as suas cumplicidades. No caso presente, eram muitas e variadas, sabe-se, basta ver a longa lista de dirigentes que se deixaram fotografar a cumprimentar o ditador. Morto, como está convém a quase todos, é a política internacional e os seus interesses no seu melhor.
A Líbia, os direitos humanos
Organizações internacionais, a própria ONU, pediram já um inquérito à morte de Kadhafi. Para a civilização, para a construção de valores universais de justiça penal e de cidadania global, era importante que Kadhafi tivesse sido julgado pelo TPI (Tribunal Penal Internacional). O modo como os novos dirigentes líbios tratarem a questão dos direitos humanos dirá muito do que pretendem fazer e do futuro daquele povo. Temo que a referência, ontem, à sharia, lei muçulmana, traga fundamentalismos desnecessários. Outro abuso já evidente tem a ver com o modo como têm vindo a tratar muitos subsarianos, a quem acusam de mercenários de Kadhafi. .
Etiquetas:
democracia; democracia; direitos humanos
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Kadhafi, o fim
Eu que abomino ditadores, assassinos, e que já várias vezes aqui escrevi sobre Kadhafi, gostaria que o tivessem capturado e entregue ao TPI (Tribunal Penal Internacioal), para ser julgado e condenado, embora fosse quase certo que uma vez apanhado seria morto, é a psicologia humana a funcionar. O meu argumento é sempre o mesmo, mostrar a todos os ditadores do mundo que há leis e instituições internacionais que funcionam e punem quem merece e deve ser punido, que não estão a salvo, que há forma de os responsabilizar.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
O movimento dos indignados
Falha tudo, falham os Objectivos do Milénio, definidos pela ONU, um deles era a erradicação da pobreza até 2015, falham os governos, falha a política, falha uma ideia de globalização que mais não fez que encher os bolsos dos especuladores do dinheiro. Não se percebe, o mundo parece um baralho de cartas, prestes a desmoronar-se. E o pior é que não há soluções, é já certo que as altas instâncias não sabem o que fazer. O povo percebe isso e começa a mexer-se, os cidadãos manifestam-se, ocupam as ruas, as praças, indignados com o que está a acontecer e com o que virá por aí.
domingo, 16 de outubro de 2011
Fome, são milhões
Catorze milhões de pessoas, nos países do chamado Corno de África - Somália, Quénia, Etiópia - em situação de subnutrição, por causa da seca e das más condições alimentares. Os refugiados somalis que fogem de um país em total caos, onde sobreviver é impossível, são o grupo mais vulnerável, andam centenas de quilómetros, a pé, até encontrarem um campo de refugiados, no Quénia, onde pelo menos terão uma ajuda de emergência, comida, medicamentos e uma tenda para se abrigarem. Parece pouco, e é, mas para eles é a diferença entre a vida e a morte.
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