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quinta-feira, 12 de outubro de 2023
O conflito israelo-árabe
Em 1947, a ONU dividiu aquele território, onde havia judeus (30%) e árabes (70%), em duas partes, para a formação de dois estados independentes, sem Jerusalém, que ficaria sob administração internacional. Os judeus aceitam e, em 1948, formam o Estado de Israel; os palestinos, reduzidos à Cisjordânia e Faixa de Gaza, consideram que aquela divisão é uma injustiça e não aceitam.
Começa um conflito, que dura até hoje. No passado dia 7, o Hamas, um grupo islâmico, terrorista, que administra a faixa de Gaza, um pequeno território, de 360 quilómetros quadrados, massacrou, matou e fez reféns centenas de pessoas no sul de Israel, algo, inaceitável.
Israel declarou guerra, bombardeou, cercou Gaza e ameaça entrar com forças terrestres. O resultado vai ser devastador, não tenho dúvidas.
Rua bombardeada em Gaza (Foto:SAPO 24)
terça-feira, 3 de outubro de 2023
Contra todas as indiferenças - um poema do Brecht
A Indiferença
Primeiro levaram os comunistas,
Mas eu não me importei
Porque não era nada comigo.
Em seguida levaram alguns operários,
Mas a mim não me afectou
Porque não sou operário.
Depois prenderam os sindicalistas,
Mas não me incomodei
Porque nunca fui sindicalista.
Logo a seguir chegou a vez
de alguns padres, mas como não sou religioso, também não liguei.
Agora levaram-me a mim
E quando percebi,
Já era tarde
Bertolt Brecht
quarta-feira, 20 de setembro de 2023
O inferno da Líbia
É um país com dois governos, um em Tripoli (reconhecido pela ONU) e o outro nas zonas controladas pelos rebeldes.
As inundações foram devastadoras. Devidas, ao tal furacão, para o qual não houve os avisos meteorológicos necessários; às infra-estruturas inexistentes ou tão precárias que, sem manutenção, não resistiram, como as duas barragens que ruíram, uma à beira da cidade de Derna, arrasando tudo.
Mais de 11 mil mortos já contados, mas que podem atingir os 20 mil, segundo as autoridades. Somam-se, as dificuldades da ajuda humanitária, em chegar e em ser devidamente distribuída, pelas mesmas divisões politicas e estruturais do país.Ameaça a cólera e outras doenças…
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
“Esta tarde vou trançar”, disse-me
A cabeça das meninas parece uma obra de arte. Literalmente, tais são os feitios e os modos de trançarem os cabelos. Passam horas a fazer aquelas trancinhas pequeninas, tantas, que parecem não acabar nunca! Umas ficam coladas à cabeça formando linhas, umas vezes paralelas, outras vezes curvas, ou formando uma espécie de figuras, simétricas, em ordem ou desordenadas, mas sempre bonitas. Outras vezes, fazem tranças soltas, trançando com a ajuda de um fio ou de um cabelo sintético, próprio. São muitas as maneiras de trançar, quase tantas como a imaginação de cada uma. Trançar exige saber, paciência, disponibilidade e, também, amizade. São as amigas que trançam às amigas, quem não tem amigas disponíveis fica, dias a fio, com a toalha enrolada à cabeça, à espera que alguém lhe queira trançar os cabelos.
quarta-feira, 30 de agosto de 2023
Não há determinismo
Quando a criação humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança a sua alma, todo o universo conspira a seu favor”.
Goethe
Sei que serão os poetas, os escritores, os filósofos, os músicos, os pintores, os cientistas... os primeiros a sonhar, a inventar e a mudar a realidade. Sei que há um potencial e uma redenção para a humanidade que passa por aqui, pelo que formos capazes de criar. Criar do nada, da parte ou do todo.
A importância da escrita é incomensurável (Foto: Istock)
quarta-feira, 23 de agosto de 2023
Mais dezenas de mortes ...
Foi na semana passada. Eram 101 migrantes clandestinos, todos do Senegal, à exceção de um da Guiné-Bissau.
Passaram 41 dias à deriva no mar, numa piroga, sem combustível e alimentos. Durante este tempo, 56 morrem à fome e são atirados ao mar (não podiam fazer outra coisa).
Quando o barco de pesca espanhol, os resgata e leva para um porto na ilha do Sal, Cabo Verde, restavam 45 e destes 7 já cadáveres. Salvaram-se 38.
É grande a tragédia que se repete, dia sim, dia não, no Atlântico, no Mediterrâneo e noutros locais do mundo.
É-me incompreensível que os líderes mundiais não consigam encontrar respostas mínimas para a pobreza extrema em que vivem milhões de seres humanos.
O barco à deriva (Foto: Lusa e SIC notícias)
quarta-feira, 16 de agosto de 2023
Povos sem Estado
Há por todo o mundo, povos com uma identidade nacional, territorial, cultural, linguísti-ca…, mas que, em algum momento da história, foram dominados, divididos ou anexa-dos por povos invasores, perdendo a sua independência.
Alguns têm milhões de pessoas:
Curdos: 32 milhões, vivem no Curdistão, uma vasta área, a maior parte fica na Tur-quia, mas também no Iraque e Irão, Síria e Arménia.
Palestinos: 7 milhões, vivem Palestina, parte das suas terras são hoje do Estado de Israel que continua a construir colonatos.
Tibetanos: 6,2 milhões, vivem nas montanhas mais altas do mundo, anexados pela China.
Bascos: 2,2 milhões, reivindicam as terras, onde sempre viveram, entre a Espanha e a França, países que os anexaram.
Chechenos: são 1,2 milhões, vivem na Chechénia, nas montanhas do Cáucaso e são dominados pela Rússia.
Como é que estes povos, podem aceitar estas injustiças históricas? Dificilmente, em todos há movimentos políticos separatistas, compreensíveis, desde que não usem a violência e o terrorismo. Tem de ser à luz do direito internacional.
O nmaa do Curdistão
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