O silêncio
imposto aos que assistem não pode ser mais perturbador, ainda que os olhos, rasos de água, denunciem a tristeza e a raiva que os consomem por dentro. A que
ponto chegam as leis inumanas e a demência de alguns!
Mas, nenhum
destes homens deixou de ser gente, e alguns
são fortes, muito fortes – é que há alturas em que uma pessoa não pode mais
continuar de cabeça baixa – e ousam enfrentar o senhor: reúnem-se, combinam,
planeiam a fuga.
Lá fora, estão os quilombos. Lá fora, está a liberdade, sempre
sonhada, mas quase nunca possível. Quem
poderá ajudá-los? Talvez, alguns negros já libertados, talvez algum
abolicionista. Esperam. Resistem.
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