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domingo, 14 de abril de 2019

Escravatura (3)

Século XVIII, numa qualquer fazenda de café, cacau, algodão ou plantação de açúcar, multidões de negros vivem reduzidos à força de trabalho. Cabeça baixa, sempre em atitude de submissão: - "Sim senhor, sim senhor. Está bem, senhor". Uma vida inteira debaixo do mesmo sol, da mesma poeira, da mesma desumanidade. Sem família, sem escola, sem documentos.
- "Você me desobedeceu". Tronco, chibata, espectáculo público, para que todos vejam o que acontece a quem enfrenta o senhor ou as ordens do feitor, essa figura sinistra de que todos os cobardes mandantes precisam. Sofrem até ao limite, no corpo e na alma, caem inconscientes, irremediavelmente estropiados e muitas vezes mortos. Mas que importa, são mercadoria! Lamenta-se apenas o prejuízo: - "Era um escravo forte, bom para o trabalho. Tanto dinheiro que dei por ele"!

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