A cor que se tem
Quando for crescida
Hei-de
inventar
Um perfume de encantar.
Quem o cheirar há-de ficar
Com a cor da pele
Que mais gostar.
Branco ou amarelo
Se preferir
Preto ou vermelho
É só decidir.
Para alegrar
até vou pensar
Outras cores acrescentar.
Cor de rosa
Verde ou lilás
São cores bonitas
E tanto faz.
E assim,
Há-de chegar
O dia de acreditar
Que o valor de alguém
Não se pode avaliar
Pela cor que se tem
E então,
Tudo estará bem.
(Maria Cândida Mendonça, in A cor que se tem, Plátano Editora,
1986)
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