“Espero que o meu Deus os assassine”, gritava um homem sírio, da cidade de Homs, depois de mais um tiroteio, num dos bairros, com dezenas de mortos.
“Que o meu Deus os assassine”, arrepia só de ouvir; arrepia só de pensar no turbilhão de emoções e de sentimentos que invadem este homem. É um paradoxo que o Deus misericordioso, manso e compassivo, que a todos acolhe, salva e dá abrigo, seja também o Deus vingativo, que retalia, assassina e massacra. Custa a crer nesta menoridade face à religião; uma religião que abrange, justifica e direcciona tudo. Sem outro espaço, não admira os resultados. Se ao menos fosse possível deixar de instrumentalizar Deus e a religião! Avança tudo, mas a violência, a crueldade, é a mesma de sempre. Para que queremos séculos de civilização, se estamos sempre no ano zero!
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