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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Carmelo, clausura

Num programa sobre a felicidade ou, talvez, melhor, sobre o sentir-se feliz, entra na reportagem uma carmelita jovem que, depois da licenciatura, quando, aparentemente, o seu rumo iria num certo sentido, resolve entrar para o Carmelo. “Aqui, no Carmelo, vivemos muito a consciência da comunidade. Foi Jesus que nos chamou, foi Ele que nos escolheu, é um processo de adaptação à vida de oração e de amizade com Deus. Pelo amor chegamos a qualquer parte do mundo, o amor é eterno, difunde-se" . Bonitas, estas palavras! E continua: "Às vezes, vê-se uma certa inutilidade, aqui escondidas com Deus, numa total gratuidade, uma vida escondida, numa totalidade, sem limites..., queria poder dar-me sem estar à espera de ver os frutos, dar-me sem recompensas, quando nos entregamos sem limites, na intimidade com Jesus, nada fica longe, tudo é perto. Há um enamoramento na oração “a oração enamorada”, como o poema de São João da Cruz, porque Cristo é tudo para mim, em Jesus Cristo, não há longe, não há distância". 
Fico a pensar: quantos quererão fugir, tal como esta jovem freira, da fragmentação e do relativismo que nos invade por todos os lados? Muitos, com toda a certeza, mas poucos "são chamados".  Por que são tão pouco os eleitos? Por que entendemos tão pouco de um discurso como este?

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