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sábado, 7 de agosto de 2010
Situações-limite
Tenho assistido a uns programas , da parte da tarde, na RTP 2, em que se coloca uma questão, a pessoas de diferentes países e continentes. Aparentemente, uma pergunta simples, mas que pode levar a respostas que tocam o fundo da alma dos inquiridos. Ontem, a pergunta era: Qual foi o momento mais difícil da sua vida?
E as respostas, ocupando o tempo que cada um entende, pausadas, sofridas, falam da morte (do filho, do pai, da mãe, do irmão...), da guerra (relatos de sofrimento, tortura, humilhação, morte...), da prisão (própria ou de um filho...), do desemprego (relatos de miséria, descrença, humilhação...).
Ficamos a pensar até onde resiste o humano, a que ponto as situações limite nos moldam os dias, a esperança, os sentimentos, as crenças e a confiança no outro. Ficamos a pensar no que nos molda a existência, no sofrimento que nos tolda até ao limite de nós mesmos, quantas vezes sem reacção, pensando que nada mais faz sentido, que tudo é impossibilidade, demasia, excesso, dias a mais.
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