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sábado, 20 de março de 2010

As mulheres de branco

Nas ruas de Havana, desfilam mulheres de branco, com uma flor na mão, sem palavras de ordem, mas que não fazem falta, já que o seu silêncio é de gritos e está a ouvir-se no mundo todo. Desfilam pelos maridos, pelos filhos, pelos irmãos… - cerca de 50 presos políticos, encerrados, muitos desde 2003, nas masmorras das prisões cubanas. Desfilam por amor, por sentimento, por dignidade. Por dignidade, senhores! Vamos ver até quando e com que consequências!
Fazem lembrar as mães argentinas, as mães da Praça de Maio, que, durante anos, todas as semanas, desfilaram pelos filhos desaparecidos, às mãos de uma ditadura militar. Fazem lembrar a força invisível que os sentimentos têm. Fazem lembrar o valores da liberdade e da justiça. Fazem lembrar novos amanheceres. É pena que tenha de ser à custa de tanta luta e de tanto sofrimento. Malditos ditadores, malditas ditaduras!

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