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segunda-feira, 15 de março de 2010

"Quando sorria, era outra pessoa"

Uma aluna, do tristemente célebre 9º B, da escola de Rio de Mouro, que terá sido a gota de água para o suicídio do professor de música, fala do mau comportamento dos colegas, da falta de respeito, das palavras humilhantes que lhe dirigiam, da impossibilidade dele lidar com a situação, do seu carácter reservado, do silêncio..., diz que às vezes ficava a falar com ele no final da aula, e que não ficou mais vezes, com medo que falassem, e que agora se arrepende de não o ter ajudado mais. "Uma vez arrancámos-lhe um sorriso. Quando se ria era outra pessoa" - diz. Como não ia ser outra pessoa! É devastador o dano que este tipo de desrespeito faz à dignidade de alguém!
Há, no bullying, este aspecto medonho, é que quem se disponha a ajudar tem também de se enfrentar com os agressores, com o bando, pode tornar-se na próxima vítima. Por isso, tantos escolhem nada dizer ou fazer.

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