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terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Outra vez Timor

O que há a fazer? Não podemos falar em democracias a funcionar, quando o grau de pobreza, de miséria e de falta de esperança são tão grandes para a maioria esmagadora da população, nomeadamente para os jovens. Claro que a resposta é política, claro que não questionamos a honestidade de alguns políticos, de muitas organizações internacionais e de tantas ONG'S presentes no terreno, mas, então, por que razão não conseguem uma situação de estabilidade mínima, apesar das forças militares e de segurança estrangeiras?
Outra vez um Estado sitiado e o povo à espera. À espera de sobreviver, de poder fazer coisas simples, como semear uma horta ou andar em paz pelas ruas. Ainda se vai descobrir que a resposta à violência está em grande medida na resposta que formos capazes de dar ao desenvolvimento, baseado em ideias simples e em ajudas consistentes com as pessoas e os locais. O microcrédito já começou a provar isso, porque não humilha a pessoa de mão estendida à espera de uma esmola, ao contrário, puxa pela sua auto-estima, ao dizer: acredito em si e no seu trabalho, por isso lhe empresto sem juros este dinheiro que me devolverá conforme as possibilidades que tiver. Mas claro, como é que os que ganham milhões e milhões e fazem tudo para ganhar ainda mais, entendem isto? Nunca entenderão.

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