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terça-feira, 26 de março de 2019

A redistribuição da riqueza - um dos maiores problemas do mundo

Quando olhamos as imagens da tragédia moçambicana, vemos bem o que é não ter nada; vemos bem o que significa salvar um alguidar e uma panela que pode significar a única maneira de uma família continuar a sobreviver.   
O fosso, entre ricos e pobres, é inaceitável. Todos o sabem, mas que importa! Aquando da reunião de Davos, soube-se, através de um estudo da Oxfarm, que 26 pessoas detêm fortunas iguais a 50% da população mais pobre. Portanto, a redistribuição da riqueza é um logro, as desigualdades vão, todos os anos, aumentando, concentradas em cada vez menos pessoas.
Este sistema político capitalista não funciona, em vez de transparência, cria opacidade, com os que mandam no mundo e na riqueza a protegem-se uns aos outros.



segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Que "raio" de desenvolvimento

Um norte-americano, de férias numa ilha do Pacífico, interroga um habitante local:
- O que faz o senhor? Como é a sua vida?
- Levanto-me e vou pescar duas ou três horas pela manhã. Venho, almoço, durmo a sesta com a minha mulher; à tarde vou para o bar jogar com os meus amigos e ouvir música; e quando chega a noite janto e deito-me.
- Por que não trabalha mais horas? Podia pescar cinco ou seis horas, vender o peixe que não precisasse e ganhar mais dinheiro.
- E para quê?
- Para poder comprar um barco a motor, pescar mais peixe e montar um negócio.
- E para quê?
- Para poder comprar outro barco, montar outra peixaria e ganhar mais dinheiro.
- E para quê?
- Para montar uma fábrica de conservas e ganhar mais dinheiro.
- E para quê?
- Para poder comprar uma grande frota de barcos, tornar-se o maior exportador de peixe da ilha e ganhar muito dinheiro.
- E para quê?
- Para construir mais e mais empresas, negociar na Bolsa e ganhar muito dinheiro.
- E para quê?
- Para poder viver como um milionário, ter muitas casas, muitas piscinas, muitos barcos, um avião particular e ganhar muito dinheiro.
- E para quê?
- …
Podíamos seguramente continuar, mas para quê? Entre os que nada ambicionam e aqueles que tudo ambicionam, não haverá um meio-termo? Sem mais comentários.

(Ouvi esta história há uns dias a alguém que questionava a racionalidade do desenvolvimento económico).

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Que loucura é esta!

Como se de uma catástrofe natural se tratasse, e como se os homens, os que dominam a política e a economia, não tivessem nada a ver com isto, aí está a falta de alimentos, a fome a espreitar, já não só em África mas em muitas outras partes do mundo e até nos países ricos, mas claro apenas para aqueles que nestes países são pobres, sem emprego, excluídos .
Parece que a civilização e o desenvolvimento, que julgámos imparável, dá mostras de ruptura, não é coisa que racionalmente não se possa compreender, não precisamos de profecias sobre o fim do mundo - já alguém disse que as próximas armas serão de novo os arcos e as flechas, tal o tamanho de destruição das que existem, e a fome é a pior. Será o regresso ao início, se houver inicio, não é seguro que haja.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Outra vez Timor

O que há a fazer? Não podemos falar em democracias a funcionar, quando o grau de pobreza, de miséria e de falta de esperança são tão grandes para a maioria esmagadora da população, nomeadamente para os jovens. Claro que a resposta é política, claro que não questionamos a honestidade de alguns políticos, de muitas organizações internacionais e de tantas ONG'S presentes no terreno, mas, então, por que razão não conseguem uma situação de estabilidade mínima, apesar das forças militares e de segurança estrangeiras?
Outra vez um Estado sitiado e o povo à espera. À espera de sobreviver, de poder fazer coisas simples, como semear uma horta ou andar em paz pelas ruas. Ainda se vai descobrir que a resposta à violência está em grande medida na resposta que formos capazes de dar ao desenvolvimento, baseado em ideias simples e em ajudas consistentes com as pessoas e os locais. O microcrédito já começou a provar isso, porque não humilha a pessoa de mão estendida à espera de uma esmola, ao contrário, puxa pela sua auto-estima, ao dizer: acredito em si e no seu trabalho, por isso lhe empresto sem juros este dinheiro que me devolverá conforme as possibilidades que tiver. Mas claro, como é que os que ganham milhões e milhões e fazem tudo para ganhar ainda mais, entendem isto? Nunca entenderão.