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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Bom Natal


Desejo a todos um  Bom Natal. Contra todas as discriminações, deixo um poema.  


A cor que se tem 

Quando for crescida
Hei-de inventar
Um perfume de encantar.
 Quem o cheirarhá-de ficar
Com a cor da pele
Que mais gostar.
 Branco ou amarelo
Se preferir
Preto ou vermelho
É só decidir.
 Para alegrar
até vou pensar
Outras cores acrescentar.
 Cor de rosa
Verde ou lilás
São cores bonitas
E tanto faz.
 E assim,
Há-de chegar
O dia de acreditar
Que o valor de alguém
Não se pode avaliar
Pela cor que se tem
 E então,
Tudo estará bem.
 
                                (Maria Cândida Mendonça



quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

É tempo de Natal


Por mais banais e repetidas que pareçam as palavras e as expressões, devemos usá-las: bom Natal, muitas prendas no sapatinho, harmonia familiar, festas felizes… 
Por mais banais que pareçam os mesmos encontros, os mesmos almoços, os mesmos jantares...,  devemos sair de casa e participar em partilhas de Natal.  
Pode haver e haverá hipocrisias, fachadas, sorrisos de circunstância, pessoas que se desdobram em em iniciativas destas para ganharem palco, visibilidade, seja o que for. Não é nada de novo; a maioria tem sentimentos verdadeiros e isso é o que conta. 


segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Cimeira do clima das Nações Unidas – COP25



Há vinte cinco anos que se realizam, em diferentes cidades do mundo, conferências sobre o clima. Apesar disso, chegámos a um ponto que é já de emergência, com os efeitos das alterações climáticas sempre piores do que se tinha previsto. Ou seja, pode mesmo acontecer que um dia seja tarde de mais; é isto que os Estados Unidos, o Brasil, a China… parecem não entender.



terça-feira, 10 de dezembro de 2019

10 de dezembro - Dia Internacional dos Direitos Humanos



No dia 10 de dezembro de 1948, foi proclamada, em Paris, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, documento fundador que reconhece a todos os seres humanos a mesma dignidade e os mesmos direitos.
 Passaram 71 anos e, apesar do caminho feito, todos os dias surgem violações, atropelos e discriminações. O ponto é de contínuo estado de alerta, a este nível,  nada está adquirido, como sabemos.
Em Portugal, quero lembrar os sem abrigo, as vítimas de violência doméstica, as condições de desamparo em que vivem muitos idosos…; quero lembrar também os voluntários e as associações  que incansavelmente trabalham nesta área dos direitos humanos.  

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Greta Thunberg (2)


Estive a ouvir com atenção o discurso de Greta Thunberg na sua chegada a Lisboa; interessa-me sobretudo perceber a questão da instrumentalização de que possa ser vítima.

Dois pontos me parecem relevantes: primeiro, o discurso é muito articulado, fala sem qualquer tipo de dificuldades sobre os temas das alterações climáticas, colocando ênfase no que dizem os cientistas e na ação dos políticos; segundo, não parece aceitável que uma jovem de dezasseis anos não frequente a escola e não tenha a estabilidade familiar, social…, de que precisa para a sua vida.

Também, há nela radicalismos que não levam a lado nenhum, porque, embora a realidade nos esmague, não temos outra. Precisávamos voltar a uma vida simples, sem aviões, plásticos, emissões de carbono…, mas isso só será possível, encontrando pontos de equilíbrio.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Greta Thunberg (1)

Foto: TVI24

 É recebida em Lisboa com se fosse uma estrela. É uma estrela, pelo que já fez e continua a fazer a favor duma  consciência global dos perigos que atingem o planeta.
É recebida pelo presidente da câmara de Lisboa, pelo presidente da comissão do ambiente da Assembleia da República, por associações ambientais e por jovens portugueses ativistas que foram para a receber e também para afirmar envolvimento e compromissos que operem mudanças, para os problemas já conhecidos. Há muito que se sabe que não chegam discursos e belas intenções.

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Joacine Katar Moreira: a desculpa da deputada

Foto: Partido Livre


É uma jovem de 37 anos, com licenciatura em história, mestrado e doutoramento, de quem esperávamos argumentos válidos, posições fundamentadas, responsabilidade e lucidez para levar a cabo o mandado de deputada que não a representa apenas a ela, mas ao programa do partido – Livre – e a todas as pessoas que votaram nele.
O que não fez, quando se absteve na votação contra a ocupação de Gaza por Israel. Dá como justificação a falta de orientação do partido e as dificuldades de contacto – o que é irónico, num tempo como o de hoje, em que todos andam com um ou mais telemóveis.
Mas o que me parece mais triste, aqui, é a desculpa, quase infantil: «não fui eu que parti o jarro, foi o meu irmão». Claro, que o partido tem de atuar.